Eu sou o Gato Maltês, um toque de Espanha e algo de francês. Nascido em Portugal e adoptado inglês.
quinta-feira, dezembro 31, 2009
Um despretensioso "post" de fim de década...
quarta-feira, dezembro 30, 2009
A guerra (mesmo) aqui ao lado (42)
C.N.T., F.A.I. Signed: Bauset.. A.I.D.C. Gráficas Valencia, Intervenido, C.N.T. U.G.T. Lithograph, 4 colors; 164 x 115 cm.
"In the poster, a Columna de Hierro (Iron Column) militiaman, gesturing portentously like a neo-classical orator, is calling on his fellow Anarchists to come and join the Column. "Worker!" he shouts, "Your entry into the Iron Column strengthens the revolution." The Iron Column was a Valencian militia unit that fought in the Teruel offensive during the first seven months of the conflict. In the first days of the war, the Column opened up the San Miguel de los Reyes Penitentiary and recruited several hundred of its inmates into its ranks. While a number of these recruits were Anarchists, many more feigned interest in the anarchist cause for the chance to get their hands on a rifle and indulge in some officially- countenanced aggression. In the weeks following, the Column gained a reputation as undisciplined and unpredictable, both at the front and away from it.
"Fiercely revolutionary, the Iron Column was against maintaining anything but the most tenuous ties to the moderate Popular Front government. Socialist prime minister Francisco Largo Caballero's call for militia reforms in September 1936 particularly infuriated the Column, which responded to the demand with mass desertions and insurrection. One historian recounts that in October 1936, "the Column abandoned the front ... and went on an expedition to Valencia spreading panic in its path. Its goal was to 'cleanse the rear of all parasitic elements that endangered the interests of the revolution.' In Valencia, it stormed hotels and restaurants, terrifying the city." At the conference of the anarcho-syndicalist trade union CNT in November 1936, an unyielding Iron Column representative told the gathering: "We accept nothing that runs counter to our anarchist ideas, ideas that must become a reality because you cannot preach one thing and practice another." Nevertheless, without the support of the CNT, whose leaders had backed the militia reforms, the Iron Column was unable to resist militarization for long. In the spring of 1937, the Column was dismantled and its members incorporated into the Eighty-Third Brigade of the Popular Army."
Copyright UC Regents 1998, All rights reserved
Os 30 pontos da Fenprof e o meu voto em futuras eleições
Tendo dito isto – o que constitui uma evidência -, eu, cidadão deste país no pleno gozo de todos os direitos civis e políticos, também me acho no direito de impor algo ao Ministério de Educação, mas como sou mais modesto contento-me com um único ponto: para tornar, mais alguma vez, a votar no PS, exijo que a ministra Isabel Alçada e o ministério que dirige acabem de vez com a chantagem da, e as cedências à, estalinista e ultra-conservadora Fenprof do sindicalista Mário Nogueira e não só a derrotem politicamente, condição essencial para qualquer reforma no sentido da melhoria do ensino público, como assumam de vez aquilo que é sua obrigação: avaliar de forma credível os professores com repercussões efectivas na sua progressão salarial, (cada um deve ganhar de acordo com o seu mérito), remunerar de forma diferenciada os professores consoante o grau de exigência das suas funções (quem leccione em turmas ou escolas problemáticas ou em zonas longínquas deve ser melhor remunerado), conceder maior autonomia às escolas na sua gestão e, dentro de parâmetros pré-estabelecidos, na selecção dos seus docentes, impor alguns critérios mínimos de disciplina nas aulas e assegurar as condições para que todos os alunos possam ter aproveitamento satisfatório sem exames “facilitistas” e com o mínimo de recurso às igualmente “facilitistas” reprovações.
Vale pouco – apenas um simples e hipotético voto futuro -, mas também muito, já que significa um dos meus principais direitos enquanto cidadão e do qual não estou disposto a abdicar: exprimir-me e votar livremente.
terça-feira, dezembro 29, 2009
A mudança de estratégia do Sporting Clube de Portugal
O “ressurgimento” e o forte investimento do SLB neste último ano, com a sensação de que uma viragem na gestão desportiva do clube pode estar em curso com reflexos nos respectivos resultados, bem como a ameaça que o SC Braga pode representar no curto prazo e o estreitamento no acesso à Champions League, obrigaram a administração do SCP a rever a estratégia a meio de uma época, algo que comporta sempre alguns riscos, lançando-se num programa de investimentos nunca visto nos últimos anos. Mas atenção: não só o SCP não apresenta a capacidade de financiamento/endividamento do seu rival SLB (e este é um dos seus problemas), como também andará muito longe da sua capacidade potencial para gerar receitas e um retorno adequado a esse investimento. O risco de, apesar do esforço actual, continuar ser o terceiro investidor e o terceiro orçamento, com todas as suas possíveis consequências ao nível dos resultados desportivos, não estará afastado, e lembremo-nos das afirmações certeiras de José Eduardo Bettencourt ao reconhecer que o seu clube “gastava de mais para ser apenas terceiro e de menos para poder ser algo mais do que isso” (cito de cor). Acresce que esta nova estratégia, em face do afunilamento actual do acesso à CL e das exigências que os adeptos por certo não deixarão de apresentar, não será mais compatível com a aliança tácita com o FCP vigente durante a década, o que obrigará o SCP, digamos, a lutar em duas, eventualmente três, frentes: SLB, FCP, SCB.
Significa isto que, embora não tendo outra alternativa estratégica na conjuntura actual, o SCP bem pode estar a dar “um passo maior do que a perna” e os seus rivais, ao “obrigarem-no” a um maior investimento (quiçá incomportável) para poder competir, podem estar, qual Ronald Reagan da “Guerra das Estrelas” perante uma URSS decadente, a forçar o seu desgaste ou mesmo futura implosão.
segunda-feira, dezembro 28, 2009
O "posicionamento" do governo e o orçamento 2010
Não me parecendo ajuizado em 2010, numa conjuntura ainda incerta, adoptar desde já uma atitude demasiado radical no controle da despesa, parece-me, contudo, que, perante o cenário futuro, não existirá qualquer razão ou argumentação de forte peso que justifique, perante a necessidade de diminuir essa despesa e, simultaneamente, transferir recursos para quem perdeu o emprego ou usufrui de pensões mais baixas, um qualquer aumento da massa salarial da função pública, com a possível, mas mesmo assim modesta, excepção dos salários mais baixos.
Com pouca esperança... mas aguardemos.
domingo, dezembro 27, 2009
sábado, dezembro 26, 2009
Mensagens de Natal e Ano Novo
O Natal 2009, o casamento homossexual e o activismo católico
sexta-feira, dezembro 25, 2009
quinta-feira, dezembro 24, 2009
Natal 2009 (3)
quarta-feira, dezembro 23, 2009
Natal 2009 (2)
Natal 2009
terça-feira, dezembro 22, 2009
Hot Clube
Aqui fica o solidariedade deste “blogue”.
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Os professores e a "excelência"
Notas breves sobre uma vitória saborosa
- Claro que Saviola marcou o golo e Carlos Martins fez uma bela primeira parte no lugar de Aimar; aliás, sempre afirmei que, lesões à parte, é a melhor alternativa ao argentino. Também Urreta terá sido uma boa surpresa, mas, melhor ou pior, não me lembro de o ver fazer um mau trabalho sempre que é chamado. No entanto, para mim, o melhor em campo terá sido Javi Garcia, o pêndulo desta equipa. Alguém se lembra de o ter visto cometer um único erro durante todo o jogo ou de não estar no sítio certo?
- Uma nota para David Luiz, cuja imaturidade tantas vezes aqui tenho assinalado. Apesar de um cartão amarelo – correspondendo o árbitro a um pedido nortenho que já tem cerca de um mês - soube sempre manter longe a má exuberância e chamar apenas a boa. Mais: já depois de ter visto o cartão, soube sempre manter-se bem longe daqueles “ajuntamentos” onde não raro cabeça e o sangue sobem de temperatura. Porque não se comporta sempre assim?
- Uma última nota: este foi o FCP mais fraco e com menos ambição que, desde há muito, me lembro de ver na Luz.
- Um agradecimento aos comerciantes chineses: um guarda-chuva de apenas €4, comprado propositadamente para o efeito pelo seu baixo preço uma hora antes, protegeu da intempérie dois ferrenhos benfiquistas entre a estação de metropolitano do Alto dos Moinhos e a "revista" de segurança na entrada do estádio da Luz, onde foi deixado como manda a lei. Apenas umas centenas de metros e pouco mais de uma hora de vida útil, mas um serviço inestimável.
domingo, dezembro 20, 2009
SIX-FIVE Special (5)
sexta-feira, dezembro 18, 2009
Os pedidos de Jorge Jesus
Júlio César foi um pedido de Jorge Jesus. Luís Filipe, César Peixoto e Weldon também. Agora é a vez de Durval. Ainda bem que Cardozo, Saviola, Luisão, David Luiz, Aimar, Coentrão, Di Maria, Ramires, Sidnei, Maxi Pereira, Javi Garcia, Rúben Amorim não foram pedidos de Jorge Jesus! Livra!
O Senhor Presidente da República e as suas incongruências
O Senhor Presidente da República diz que “não se deixa arrastar para lutas partidárias”, mas mantém em Belém o seu assessor Fernando Lima que, com a sua conivência, deixou arrastar a Presidência para o grau zero dessas mesmas lutas partidárias naquele que constituiu um dos mais vergonhosos casos da democracia portuguesa. Para já não falar da sua atitude quando da visita à Região Autónoma da Madeira, dando cobertura ao desprezo do chefe de governo da Região - eleito por um dos partidos, por sinal também o seu - pela Assembleia Regional e, desse modo, pela própria democracia e por si próprio, enquanto presidente eleito por sufrágio directo e universal de um Estado democrático.
O Senhor Presidente da República diz que não comenta o “casamento entre pessoas do mesmo sexo” mas, de seguida, ao declarar:
“A minha atenção está noutros problemas, no desemprego do país, no endividamento do país, no desequilíbrio das contas públicas, na falta de produtividade e de competitividade do nosso país”. “Eu procuro empenhar-me fortemente na união dos portugueses e nada fazer que provoque fracturas na sociedade portuguesa e, isto, porque eu sei muito bem, até como economista, que apenas através da união dos portugueses nós conseguiremos uma mais rápida recuperação económica e criação de emprego” “ É com estas últimas questões que se preocupa e não com outras” “É com os quinhentos e muitos mil” desempregados que está preocupado”
está, nada mais nada menos, e independentemente da gravidade dos problemas que aborda e do verdadeiro programa político implícito nestas suas afirmações, qual “piscar de olho” aos que, à direita, advogam a “presidencialização” do regime, a tomar como sua a argumentação dos partidos que se opõem a esse mesmo casamento homossexual, deixando-se assim embrenhar nas lutas partidárias das quais – diz – pretende afastar-se.
Mais ainda, o Senhor Presidente da República não é o ministro das finanças, é o Supremo Magistrado da Nação – uma nação democrática, note-se – e, enquanto tal, (é bom que alguém lho diga), talvez não fosse má ideia, pelo menos de vez em quando, pronunciar-se também sobre questões eminentemente políticas e dar a sua contribuição positiva para questões essenciais a um Estado de Direito, tais como a igualdade dos cidadãos perante a lei, os direitos liberdades e garantias, o acesso democrático à Justiça, o aprofundamento da democracia e dos seus valores, da liberdade e da não discriminação em função de raça, credo, orientação sexual, dos direitos das minorias, das questões da UE, etc. Mas não: o Senhor Presidente da República já demonstrou, mais do que uma vez, que tem da democracia uma visão meramente instrumental e que os atropelos democráticos o não preocupam de sobremaneira.
Por fim, e como se tudo isto não fosse já suficientemente grave, o Senhor Presidente da República, que diz não se querer envolver nas lutas partidárias e não perde oportunidade de mostrar o seu “nojo” pela política, profissão que há trinta anos abraçou, usa e abusa dos golpes de baixa política e do cinismo e da hipocrisia característicos dos políticos medíocres nas suas declarações sobre o país. Mais ainda, essas suas críticas continuadas aos partidos e constantes apelos à unidade dos portugueses, como se todos os portugueses fossem iguais e não existisse diversidade de pensamento político, não me parece contribuam em nada para o reforço do regime democrático (sem partidos e alternativas políticas não existe democracia), engrossando, isso sim, as fileiras dos que, assumida ou veladamente, conspiram para o seu fim. Não me parece isso seja digno da Presidência da República e contribua para o prestígio do cargo que Aníbal Cavaco Silva transitoriamente ocupa, mas parece-me há muito deixaram de ser essas as suas preocupações - se é que alguma vez o foram.
História(s) da Música Popular (150)
The Beatles - "Please Mr. Postman"
"Under The Influence" - The original songs of the "British Invasion" (XXXIII)
O que há de mais interessante com as Marvelettes é que, ao contrário das Shirelles e das Cookies de “Chains” - os outros “girl groups" “cobertos” pelos Beatles - não fazem parte da “trupe” do Brill Building de NY: são, isso sim, uma descoberta de Berry Gordy, da Tamla Motown e, como o próprio nome indica, de Detroit, a “motor city”. Aliás, “Please Mr. Postman”, o primeiro tema editado pelas Marvelettes, em 1961, foi mesmo, simultaneamente, o primeiro #1 da editora que tantos haveria de conseguir nos anos futuros através de “girl groups” bem mais famosos como as Supremes e Martha & The Vandellas, cujo caminho foi desbravado, a partir desse ano de 1961, por estas mesmas Marvelettes de Gladys Horton e Wanda Young. Mas, curiosamente, e talvez porque os primeiros também podem ser os últimos, “Please Mr. Postman” foi também o único tema das Marvelettes a atingir o #1, ainda a “British Invasion” estava e estaria para chegar e ficar. De qualquer modo, apesar do som Motown já fazer aqui das suas, acho ainda há um toque não negligenciável de Brill Building a espreitar, neste primeiro tema das Marvelettes.
Quanto aos Beatles”, o tema foi incluído no seu álbum “With The Beatles”, editado em 1963 e o seu segundo. Dá então para comparar?
quinta-feira, dezembro 17, 2009
A "união civil registada" do PSD
E o prémio "país de tristes" 2009 vai para...
- A "guerra" entre as autarquias do Porto, Gaia e Lisboa por aquela bimbalhice de "os aviões a voar e as meninas a aprender" - qual "oh, patego!, olha o balão" - a que dão o nome de "Red Bull Air Race". É que talvez não fosse má ideia preocuparem-se com outras coisas para lá do "pão e circo" e dos aviões às cambalhotas.
- O "cházinho" oferecido por Maria Cavaco Silva às senhoras da Cimeira Ibero-Americana ou, muito pior do que isso, aquela ideia do "bolo-rainha" e do público e efusivo abraço a D. Sofia de Espanha. "Ele" há mesmo quem não tenha a noção do ridículo! Que vergonha!
"Doping" na RDA
quarta-feira, dezembro 16, 2009
A actividade do governo e a sua ligação à estratégia do PS
Da "vontade" do eleitorado ou da sua não existência enquanto entidade colectiva
Significa isto que tudo o que seja extrapolar dos resultados eleitorais para definir e interpretar (por quem?, com que direito?) a “real e verdadeira” vontade do “eleitorado”, do “povo”, para além do facto da soma dos eleitores, pura e simplesmente, ter dado X% dos seus votos ao PS, Y% ao PSD, Z% ao CDS, etc, com as várias consequências que isso possa ter para a formação do governo e para a governação, me parece ser perfeitamente abusivo e, até, conter em si mesmo alguns tiques e resquícios de um totalitarismo a expurgar. Interpretar a “verdadeira” vontade do “povo”? Sabemos onde isso nos leva ou, mais propriamente, todos sabemos como começa, mas nunca sabemos como acaba. E muitas, demasiadas vezes, acaba mal!
terça-feira, dezembro 15, 2009
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Portugal: o reino do imaginário
Sempre supus que quem contrata um advogado (empresa, instituição, pessoa singular ou colectiva) espera que ele defenda os seus interesses. De acordo com a lei, claro está, mas que, em última análise, defenda os interesses da entidade contratante que para isso lhe paga. Pois parece que em Portugal - este reino imaginário - não é bem assim ou é apenas mais ou menos e somente “todos os de vez em quando”, e o facto de um advogado contratado por uma entidade pública, em vez de defender essa mesma entidade (friso, uma vez mais, de acordo com a lei), decidir entrar em regime semelhante ao da autogestão e por isso ser negativamente avaliado por quem o contratou, com as respectivas consequências, é objecto de escândalo público.
Vá lá, importam-se mesmo, por um bocadinho que seja, de sair da fábula, do reino do imaginário, das princesas e das fadas, e voltarem, nem que seja só por um instante e para verem como é, ao mundo da realidade? É que talvez desse algum jeito!...
O "Magalhães" de "nuestros hermanos"
Ando há uns dias para dizer isto, mas preferi deixar passar o ruído
Tendo dito isto, devo, no entanto, também afirmar que acontecimentos deste tipo nada tem a ver com os “corninhos” do ministro Pinho dirigidos ao deputado do PCP Bernardino Soares ou com os “conselhos” do primeiro-ministro dirigidos a Paulo Portas no final do último debate. Não estamos aqui já entre pares, entre iguais, mas num debate entre dois orgãos de soberania distintos (Executivo e Legislativo), um deles emanando da Assembleia da República eleita pelos portugueses e que, enquanto tal, deve merecer o respeito de todos os cidadãos e, muito especialmente e acima de todos eles, dos membros do governo que dela emana.
domingo, dezembro 13, 2009
"e-escolas" e "e-escolinhas" ("Magalhães") na "Quadratura do Círculo" por António Lobo Xavier: para se perceber o que está em causa
Tudo isto perante um discurso confuso e pouco objectivo do ex-ministro Mário Lino (que me pareceu muito mal preparado) e as patéticas tentativas de José Pacheco Pereira tentando apenas, com recurso à demagogia e populismo que, infelizmente, se tornaram dominantes no PSD actual, tirar, a qualquer preço, dividendos políticos da situação, mesmo que para isso fosse obrigado a raciocínios enviesados e obtusos.
Vale a pena ver e ouvir para entender o que está em causa.
Porque não consegue o SLB "virar" os resultados?
Solução? Mantendo o seu modelo de jogo preferencial e adquirido, o SLB terá de, rapidamente, melhorar o modelo alternativo de posse e circulação rápida de bola. Sem isso sofrerá certamente alguns desgostos.
sábado, dezembro 12, 2009
"Harakiri"
Alvalade: Perante o SCP mais fraco dos últimos anos, uma equipa amedrontada com a hipótese de derrota assume desde o início como objectivo apenas não perder o jogo. Empata assim um jogo que poderia e tinha obrigação de ter ganho.
Olhão: Num jogo de extrema importância, que lhe permitiria, em caso do vitória, jogar em casa contra o FCP, seu adversário directo, com três pontos de avanço, o SLB sofre de início um golo de bola parada, num lance em parece não existir falta (foi critério ou erro do árbitro e por isso não o contesto). Pouco depois, com algum exagero do árbitro, fica a jogar em superioridade numérica, consegue empatar e, na perspectiva de jogar quase todo o jogo contra dez adversários, comete harakiri com a agressão de Di Maria, um jogador com muito pé esquerdo mas com muito pouco cérebro (escolhe demasiadas vezes a pior opção de jogo). A equipa enerva-se. Finalmente, consegue empatar no último minuto, mas perde, por culpa própria, Di Maria e Coentrão (David Luiz esteve por um fio...) para o jogo contra o FCP (Ramires é um contingência do jogo), o que vai fazer, em conjunto com o empate de Olhão, com que a equipa possa vir a entrar nesse jogo psicologicamente em desvantagem e ainda mais desconfiada de si própria
Falta de estofo? Imaturidade? Talvez... Eventualmente, fruto de um treinador que - ao contrário de Jesualdo Ferreira, por exemplo - parece ser muito melhor a "electrizar" a equipa do que a contribuir para a sua maturidade, força mental e concentração competitiva.
sexta-feira, dezembro 11, 2009
O "Gato Maltês" recomenda
quinta-feira, dezembro 10, 2009
História(s) da Música Popular (149)
Sobre algumas das várias histórias que envolveram os “girl groups”, e também sobre alguns deles, já por aqui falei no capítulo dedicado ao Brill Building. Resta-me acrescentar que também a “British Invasion” e o seu mais emblemático grupo, os Beatles, não foram alheios ao seu fascínio e por ele se deixaram “embeiçar”. Assim, da sua discografia oficial “não póstuma” fazem pelo menos parte quatro temas originais de “girl groups”: dois das Shirelles, “Boys” e “Baby It’s You”, de 1960 e 1961, sendo o segundo da autoria de Bacharach e David (o único tema da dupla que os Beatles gravaram) e ambos incluídos no álbum Please Please Me, de 1963, “Chains”, das Cookies (1962 – Goffin e King), incluído no mesmo álbum e “Please Mr. Postman”, das Marvelettes (1961), incluído no álbum With The Beatles, de 1963.
Comecemos pois pelas Shirelles... com a surpresa de “Boys” ter sido o primeiro tema gravado pelos Beatles interpretado por Ringo.
A propósito de Medina Carreira e etc: um "post" contra o pessimismo catastrofista e para os que têm a memória curta
Se olharmos para o que se passa hoje em dia em Portugal, os cargos de direcção e administração das grandes empresas são preenchidos, praticamente na sua totalidade, por licenciados em áreas relevantes para as funções que ocupam. Muitos deles, bem como executivos e quadros médios, principalmente de idades inferiores a 45 anos, possuem MBAs, muitos obtidos em universidade de grande prestígio a nível internacional. Para além disso, um número cada vez maior de jovens portugueses viaja na adolescência, terminado o secundário, através do “interrail”, abrindo assim os seus horizontes e conhecendo outras realidades. É também comum terem frequentado uma universidade estrangeira, durante seis meses ou um ano, ao abrigo do programa Erasmus. Penso ninguém seja admitido como funcionário bancário sem uma licenciatura, o mesmo acontecendo para vendedor nas grandes empresas onde essa função é chave.
É ainda pouco? Claro que sim e falta elevar o nível educacional da grande maioria, o que demorará uma ou duas gerações pois é difícil fugir ao facto “filho de alguém instruído, com maior facilidade instruído será”. O ensino é, genericamente, medíocre? Em demasiados casos, ainda assim será e temos obrigação de ser mais exigentes; mas seria com certeza difícil acontecer de outro modo face à massificação dos anos 80. Mas também dentro de uma geração um número já significativo de jovens portugueses saberá falar e escrever num inglês razoável, talvez também em castelhano, o que actualmente não acontece. Dominará as novas tecnologias com facilidade.
Razões para preocupações no presente? Muitas, como nos dizem a Grécia e a Irlanda. Mas também consciência do caminho percorrido e de que algum já foi desbravado para quem o quiser percorrer.
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Medina Carreira, o mensageiro e a credibilidade da mensagem
E é pena que Medina Carreira, um homem superiormente inteligente, ainda não tenha entendido isso.
terça-feira, dezembro 08, 2009
Mistérios da "bola"...
SIX-FIVE Special (3)
A Fundação para as Comunicações Móveis, o seu controle pela AR e as prioridades do PSD
segunda-feira, dezembro 07, 2009
Mundial 2010: segundo o seu valor económico, quais as seleções que se irão apurar para os 1/8 de final?
Grupo A: França e Uruguai.
Grupo B: Argentina e Nigéria.
Grupo C: Inglaterra e USA ou Argélia.
Grupo D: Alemanha e Sérvia.
Grupo E: Holanda e Camarões.
Grupo F: Itália e Paraguai.
Grupo G: Brasil e Portugal.
Grupo H: Espanha e Suíça.
De notar que, de acordo com este critério, a Espanha é a equipa mais valiosa, o mesmo acontecendo com o grupo G, de Brasil e Portugal, sendo a seleção portuguesa a sétima mais valiosa.
À semelhança do que já anunciei para a Liga portuguesa, comparando os orçamentos das equipas com a respectiva classificação no final da primeira volta e no final do campeonato, efectuarei essa mesma comparação no Mundial, após a fase de grupos. Ficaremos assim com uma ideia sobre quem excedeu ou esteve abaixo do seu valor potencial.
Ver aqui os valores em causa.
domingo, dezembro 06, 2009
O financiamento do Serviço Nacional de Saúde
Um exemplo: as taxas moderadoras de internamento nunca me pareceram ser uma solução muito justa e o seu peso no financiamento do SNS era mínimo. Mas faz algum sentido aboli-las, como aconteceu agora com aplauso geral, sem procurar uma solução alternativa que evite a diminuição da correspondente receita, por mínima que seja? Outro exemplo: como é possível evitar o desperdício de medicamentos e meios de diagnóstico prescritos, não só porque os médicos tendem, com demasiada frequência, a prescrever em excesso, como também porque não é raro sobrarem medicamentos no final do tratamento? Penso que foi o CDS que levantou em tempos a questão das unidoses; como tem evoluído o assunto? Ainda outro exemplo: as despesas aumentaram em 5.3% entre Janeiro e Setembro, num período de baixíssima inflação ou de aumento de preços negativos. É até bem possível que isso tenha justificação, mas o governo terá de o demonstrar. Vai fazê-lo? Já agora, a Assembleia da República, na sua comissão de saúde, recebe regularmente (por exemplo, com carácter trimestral) “reporting” normalizado sobre as contas e funcionamento do SNS?
Fico a aguardar respostas...
As capas de Cândido Costa Pinto (62)
O que Cristiano Ronaldo ainda não percebeu...
sábado, dezembro 05, 2009
sexta-feira, dezembro 04, 2009
Paulo Portas líder da oposição
Carvalhal e Liedson (mas também Moutinho)
Tendo dito isto, seria inteligente e mandariam o bom senso e as regras da boa gestão que Carlos Carvalhal, chegado ao clube, tentasse definir os princípios e construísse o modelo e sistema de jogo da equipa com base nestes dois jogadores, potenciando as suas qualidades e disfarçando o melhor que pudesse os seus pontos mais fracos, que todos os têm. Até porque, num caso pela sua idade (Liedson) e noutro pelas suas características (Moutinho), são ambos jogadores que não se antevê possam vir a abandonar o clube no curto prazo.
Carvalhal, ao arrepio do que acima afirmei, parece ter decidido de modo diverso e antagónico, atirando o pobre Liedson às feras no circo da área e colocando Moutinho quase como um segundo “pivot” defensivo. O resultado está já à vista: Liedson, que mesmo quando não marca chateia que se farta a defesa adversária (basta ter visto os últimos jogos da selecção e o jogo contra o SLB para o comprovar) já entrou em rota de colisão com o treinador. Como benfiquista, agradeço a Carvalhal, em época natalícia, a graça concedida. A ambos, Liedson e Moutinho, passo a informar que, caso queiram, o meu clube terá sempre à sua espera um lugar à medida dos seus desejos, perfis e ambições: no primeiro caso, ao lado de Cardozo, como opção a Saviola; no segundo, alternando com Aimar. É só quererem.
O actual PSD m-l e o seu radicalismo de raiz pequeno-burguesa
Mas atenção: não se trata, pelo menos nos dias de hoje, de um genuíno “ódio de classe”, à boa maneira bolchevique da “classe contra classe”, “proletariado vs burguesia”. Nada disso e, apetece-me quase dizer, antes assim fosse: basta verificar a perda de influência do PCP nos meios industriais e operários, fruto da terceirização da organização do trabalho e da sociedade, para entendermos que não é isso que está em causa. Do que estamos em presença é, isso sim, de um radicalismo pequeno-burguês de cariz reaccionário, com características que podemos encontrar na génese dos movimentos nazi-fascistas dos anos 20 e 30 do século passado. E, curiosamente, é no PSD, neste PSD m-l de Pacheco Pereira e Ferreira Leite (a ordem dos nomes não é arbitrária), no PSD que já foi o de um “cavaquismo” gerador de uma cultura nova-rica que criou, tantas e tantas vezes, “ricos e poderosos” de última-hora e nas margens da ética, quando não mesmo da lei, que vamos encontrar uma tentativa de representação, a nível partidário, desse radicalismo de projecção totalitária. Arvorando a “verdade” e a “moral” como programa político, fazendo da tentativa de atropelo às mais elementares normas do Estado de Direito regra de actuação, falando no parlamento na “figura jurídica do crime de perigo... e do pré-crime”, é aí que o PSD se está a colocar a nível de representação política; é essa – digo eu – a verdadeira “deriva conservadora” de que fala a sua ex-dirigente Paula Teixeira da Cruz.
Nada de demasiado novo ao cimo da terra, apetece-me dizer. Esta pulsão reaccionária, radical à direita, pequeno-burguesa, tão visível, entre Sá Carneiro e Cavaco Silva, no tradicional culto do chefe providencial e no anseio sebastianista de um novo e regenerador do partido, sempre fez parte integrante do PSD. Talvez seja oportuno também recordar que foi, em parte, devido a esse radicalismo autoritário, no caso protagonizado por Sá Carneiro, que ficámos a “dever” a ascensão de Vasco Gonçalves a primeiro-ministro, quando daquilo que ficou para a História conhecido como “golpe” Palma Carlos – ou da Manutenção Militar. A política “centrista” do PS de José Sócrates, a crise financeira mundial e o subsequente desespero pela perspectiva de anos na oposição nada mais fizeram do que abrir caminho para que essa pulsão se pudesse tornar hegemónica. Curiosamente, agora que, em maioria apenas relativa, tanto PS e governo precisavam de um PSD diferente daquele que, embora indirectamente, “ajudaram” a construir.
quinta-feira, dezembro 03, 2009
SIX-FIVE Special (2)
"Bet & Win": qual "media" escolherá o PSD para divulgar as "escutas"?
Ainda o enriquecimento ilícito
Mas - e como oiço e leio frequentemente darem como exemplo bens de evidente ostentação – que acontece se não forem suficientemente burgessos para, em vez de mansões com “janelas à la fenêtre”, carros de “alta cilindrada” (é este o termo, não é?) e iates para a Jamaica, preferirem coleccionar arte - comprada no estrangeiro, por exemplo, para o anonimato correr menores riscos - para terem em casa e a bom recato, serviços completos Companhia da Índias, colecções de antiguidades, relógios de oiro, sapatos por medida no John Lobb ao ritmo de vários pares por mês (são €2 500 por cada par, no mínimo), passear com a família à volta do mundo em 1ª classe (a verdadeira, não essa “choldrice” da executiva...) com estadas em hoteis de luxo, etc, etc, ou seja, coisas menos tangíveis para quem não distingue um Jackson Pollock de um desenho da minha neta mais velha que está no jardim de infância ou não tem acesso à privacidade de uma casa particular? E, já agora, se resolver ser mecenas?
Admitindo tão brilhantes deputados e juristas tenham pensado em tudo isso, agradeço me esclareçam – a mim, que não sou jurista – o que fazer nos casos supra e semelhantes ou, caso contrário, vou acabar por pensar que tudo é feito apenas com o intuito de “epater le bourgeois” e o objectivo não é mais do que prender meia dúzia de “ricos e poderosos” de 3ª classe (tipo “sucateiro” Godinho) e exibi-los, de preferência numa jaula, para gáudio das multidões, enquanto aguardam imolação em auto de fé, com direito a descrição em livro de Saramago e tudo.
quarta-feira, dezembro 02, 2009
Rui Moreira, David Luiz e o "Trio de Ataque"
Sem dúvida inteligente; mas não me parece ser este o tipo de programas e o padrão de comportamentos que competem ao serviço público de televisão divulgar.
As grávidas de Elvas...
Tenham vergonha das tristes figuras que fazem!
terça-feira, dezembro 01, 2009
1º de Dezembro: estes nacionalistas são uns exagerados...
Estes nacionalistas ou são uns exagerados ou, apenas, pura e simplesmente desonestos. Quero acreditar na primeira.
segunda-feira, novembro 30, 2009
A entrevista de António Barreto ao "i" e o desaparecimento de Portugal
Bom, tenho grande respeito pessoal e intelectual por António Barreto, mas será exactamente isso que me leva a considerar que Barreto, num momento de rara fraqueza, apenas terá pretendido, com esta boutade (nada mais é do que isso), garantir um título que levasse os portugueses a ler a sua entrevista, onde existem análises e afirmações bem mais estruturadas e interessantes. Como Barreto, enquanto sociólogo, bem sabe, as sociedades e civilizações nascem, evoluem, atingem o seu apogeu e, eventualmente, acabam por entrar num período de decadência e desaparecer, dando lugar a outras. Entre guerras, dramas, luta política, catástrofes, vitórias e derrotas, desastres e cometimentos de excepção... É assim a História do nosso mundo e assim aconteceu com o antigo Egipto, os impérios romano e otomano, o comércio fenício, o apogeu da civilização mediterrânea, os Incas e os Aztecas, os grandes impérios europeus do século XIX e por aí fora. Um dia, o homem, até mesmo nosso próprio planeta extinguir-se-ão. Acenar, pois, com a irrelevância portuguesa (não terá sido já mais irrelevante no passado dos séculos XVIII e XIX do que é hoje enquanto membro da UE e da zona euro?), talvez com o seu desaparecimento (quando? como? anexado pela Espanha? incluído no horizonte de uma possível decadência da civilização ocidental?), dito assim, como o afirma António Barreto, algo aí ao entreabrir da porta, pode ser de facto chamativo (e a entrevista merece leitura), mas (e que me desculpe Barreto) não será muito honesto, muito menos rigoroso (e Barreto habituou-nos ao rigor) e, até, reputo, a puxar ao demagógico, contribuindo assim para encorajar a onda populista que por aí vai grassando, em vez de conduzir a uma análise rigorosa dos problemas e ao caminho para a sua resolução.. E, caro António Barreto, de si não esperamos isso: estamos habituados a esperar sempre o melhor. Culpa sua, claro.
domingo, novembro 29, 2009
Da verde Irlanda...
SIX - FIVE Special (1)
Algo que não me sai da cabeça...
sábado, novembro 28, 2009
sexta-feira, novembro 27, 2009
A LPFP, as forças policiais e os "jogos de alto risco"
Assegurem pois, com discrição e eficiência – ou seja: com profissionalismo - a segurança dos cidadãos e a normal realização do evento nas áreas sob a sua responsabilidade e deixem-se de fanfarronices e de atitudes auto-progagandísticas, perfeitamente a despropósito. Mais ainda quando os presidentes de SLB e SCP já vieram a público, em conjunto com a CML, dar um excelente exemplo de comportamento aos adeptos de ambos os clubes.
É fartar, vilanagem...
Ministro Vieira da Silva: a verdade inconveniente
Moral da história? Talvez seja esta a oportunidade para pensarmos que, ao contrário do que diz a vox populi, nem sempre é defensável que os políticos digam ao povo a verdade.
quinta-feira, novembro 26, 2009
Dos "media", das pressões e da sua autonomia
É que só existe mesmo uma maneira de os orgãos de comunicação social se tornarem independentes deste ou de outro tipo de pressões, públicas ou privadas: salvaguardarem a sua autonomia financeira por via da capacidade para conquistarem e fidelizarem audiências e, assim, conseguirem também maiores receitas publicitárias. Por muita razão que tenham ao virem a público queixarem-se do Estado (e tenho poucas dúvidas que, em alguma ocasião, já terão tido razões para se sentirem por ele injustiçados), ao fazê-lo, estão simultaneamente a evidenciar algo mais: que as suas próprias fraquezas lhes não permitem uma existência autónoma e independente e que, portanto, o problema não é serem do Estado agora enteados: é o não poderem deixar de ser filhos!
História(s) da Música Popular (148)
Bom, de qualquer modo só mais tarde descobri ser Ackles o autor de um tema emblemático, embora já tardio, da “British Invasion”, na interpretação de Julie Driscoll com Brian Auger & The Trinity, todos eles, mais Long John Baldry com quem tinham partilhado os anteriores “Steampacket”, herdeiros da tradição britãnica dos “blues” e R&B. O tema chama-se “Road To Cairo”, esse sim, um clássico do velho “Em Órbita” dos anos 60, e terá sido gravado em 1968. Pois aqui ficam o original de Ackles e o "cover" de Driscoll.