segunda-feira, dezembro 14, 2009

Portugal: o reino do imaginário

Por vezes, este país mais se parece com um qualquer reino imaginário, onde tudo se passa ao contrário da vida real e, portanto, os seus habitantes se regozijam com a anormalidade e mostram o seu desconforto, por vezes mesmo a sua indignação, quando as coisas correm como é suposto acontecerem no mundo não virtual.

Sempre supus que quem contrata um advogado (empresa, instituição, pessoa singular ou colectiva) espera que ele defenda os seus interesses. De acordo com a lei, claro está, mas que, em última análise, defenda os interesses da entidade contratante que para isso lhe paga. Pois parece que em Portugal - este reino imaginário - não é bem assim ou é apenas mais ou menos e somente “todos os de vez em quando”, e o facto de um advogado contratado por uma entidade pública, em vez de defender essa mesma entidade (friso, uma vez mais, de acordo com a lei), decidir entrar em regime semelhante ao da autogestão e por isso ser negativamente avaliado por quem o contratou, com as respectivas consequências, é objecto de escândalo público.

Vá lá, importam-se mesmo, por um bocadinho que seja, de sair da fábula, do reino do imaginário, das princesas e das fadas, e voltarem, nem que seja só por um instante e para verem como é, ao mundo da realidade? É que talvez desse algum jeito!...

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