Depois de sabermos do interesse do PSD, pela voz de Ferreira Leite, em divulgar as escutas a José Sócrates, o magno problema que se deve colocar à resolução da direcção do partido, neste momento, não será a contra-revolução no ensino, feita com o seu beneplácito, a questão do desemprego, do “déficit”, do investimento público, dos acordos salariais para a FP e outras questões políticas de menor interesse para o país, mas, isso sim, qual o “meio” escolhido para tal divulgação. Colocando de parte, por motivos de credibilidade, o “Jornal do Crime” ou até mesmo o “24 Horas”, partindo do princípio que Balsemão é pessoa demasiado séria e respeitada para deixar o seu grupo editorial envolver-se facilmente em algo que consubstancia um crime grave (violação do segredo de justiça numa questão envolvendo o primeiro-ministro), colocado de parte o grupo de Joaquim Oliveira, não me parecendo queira o “Público”, na sua era pós José Manuel Fernandes, envolver-se em tais esconsos meandros, estando a TVI posta em sossego e, porventura, devendo favores ao poder, restam o “Sol” e o “Correio da Manhã”. Nenhum deles é de credibilidade ou reputação intocáveis - longe disso - mas, nunca tendo visto um porco a andar de bicicleta, já vi, pelo menos, Mário Crespo entrevistar Felícia Cabrita sobre as “escutas”. Digamos que não é o “Euromilhões”, mas é um bom segundo prémio!
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