domingo, setembro 30, 2012

Link Wray & Dick Dale (13)

Link Wray - "Rumble"

"Partido e Vanguarda" - dedicado ao "camarada" António Borges

"O Partido tem que ser, antes de tudo, o destacamento de vanguarda da classe operária. O Partido tem que incorporar em suas fileiras a todos os melhores elementos da classe operária, assimilar sua experiência, seu espírito revolucionário, sua abnegação sem limites pela causa do proletariado. Mas para ser um verdadeiro destacamento de vanguarda, o Partido tem que estar aparelhado com uma teoria revolucionária, com o conhecimento das leis do movimento, com o conhecimento das leis da revolução. Sem isto, não terá forças bastantes para dirigir a luta do proletariado, para conduzi-lo atrás de si. O Partido não pode ser o verdadeiro Partido se se limita a registar o que vive e o que pensa a massa da classe operária, se marcha a reboque do movimento espontâneo desta, se não sabe vencer a inércia e a indiferença política do movimento espontâneo, se não é capaz de elevar-se acima dos interesses momentâneos do proletariado, se não sabe elevar as massas ao nível dos interesses de classe do proletariado. O Partido tem que marchar à frente da classe operária, tem que ver mais longe que a classe operária, tem que conduzir atrás de si o proletariado e não marchar a reboque da espontaneidade. Os partidos da Segunda Internacional, que pregam o "seguidismo", são os portadores da política burguesa, que condena o proletariado ao papel de um instrumento posto em mãos da burguesia. Só um Partido que se coloque no ponto de vista de destacamento de vanguarda da classe operária e seja capaz de elevar-se até o nível dos interesses de classe do proletariado, só um Partido assim é capaz de afastar a classe operária do caminho do "tradeunionismo" e fazer dela uma força política independente. O Partido é o dirigente político da classe operária." - Ioseb Besarionis dze Jughashvili ("Stalin") - in "Sobre os fundamentos do Leninismo".

É só retirar "classe operária" e "proletariado" e substituir por empresariado, eliminar "partidos da Segunda Internacional" e substituir por CDS e PSD tradicional e o texto aplica-se, sem se lhe retirar uma vírgula, ao "camarada" António Borges, aspirante a guia e grande líder do empresariado lusitano.  

sábado, setembro 29, 2012

A "manif", Borges e Teixeira da Cruz

Apesar do número e determinação dos manifestantes, não me parece, e ao contrário do que ouvi dizer a Jerónimo de Sousa, que a manifestação de hoje da CGTP tivesse constituído um "salto qualitativo" na luta contra o governo. Para tal deveria ter acrescentado algo de significativo à manifestação de 15 de Setembro, e não me parece tal tenha acontecido, tendo-se constituído bem mais numa acção da CGTP para lhe permitir, a si e ao PCP, controlar e enquadrar o actual movimento popular de contestação do que uma qualquer tentativa para o fazer evoluir.

Não sendo de desprezar o valor da "manif" de hoje, quer-me no entanto parecer que as afirmações de António Borges (como é possível?) e as de ontem ou anteontem da ministra Teixeira da Cruz, atentando contra o Estado de Direito, foram bem mais prejudiciais para a imagem e vida, presente e futura, do actual governo do que a "manif" da CGTP. Digamos que com ministros e para-ministros deste calibre, o governo quase dispensa adversários. 

sexta-feira, setembro 28, 2012

Friday midnight movie (9) - Grindhouse (I)

"I Spit On Your Grave" (aka "Day Of The Woman"), de Meir Zarchi (1978)
Filme completo c/ legendas em português

"Land Girls" (10)

2º episódio - "Secrets" (parte V de V)
Legendas em castelhano
BBC - 2009

Victor Palla (5)

Capa do livro "A Porta dos Limites", de Urbano Tavares Rodrigues, nºs 19 e 20 da Colecção "Autores Portugueses" da Editora Arcádia (1960)

Seguro e a "moral"


Alguém entre os seus mais próximos faça o favor de explicar a António José Seguro, se de tal for capaz, que os portugueses não rejeitaram as alterações à TSU por razões morais. Fizeram-no, essencialmente, por motivos de ordem política. Do lado do trabalho, porque os trabalhadores acharam politicamente inaceitável, quando vêm há de há alguns anos a fazer sacrifícios, ainda serem obrigados a transferir, pura e simplesmente e de modo directo, valor para o patronato, para o capital, sem que vislumbrassem tal medida pudesse contribuir, a prazo, para uma melhoria da sua condição ou, no limite, da situação do país. Do lado do patronato, genericamente, porque a medida teria um carácter fortemente recessivo no mercado interno, arriscava-se a causar uma degradação acentuada nas relações laborais e no ambiente político e, digamos, na relação custo/benefício a maioria dos empresários ficaria claramente a perder.

Foi pois uma péssima avaliação política por parte do governo (digamos que uma decisão do tipo "vanguardista"), e não, essencialmente, um deficiente cálculo da sua "moralidade", que esteve na base dos problemas e manifestações que levaram ao abandono da medida. É isto que António José Seguro, que não é sacerdote, pregador ou missionário, mas líder do principal partido da oposição, tem de compreender. Uma leitura de "O Príncipe" talvez viesse a calhar...

"Untermenschen"

Os vândalos (alarves, energúmenos, marginais, etc - é só escolher o nome ou usar à vontade todos eles ou outros que nos traga a imaginação) que provocaram os distúrbios relatados pelos "media" na Assembleia Geral de ontem do "Glorioso" certamente se enganaram no clube e devem, isso sim, ir bater à porta do FCP e pedir a sua admissão nas "sturmabteilung" de Pinto da Costa, provavelmente de onde lhes chegou a inspiração (só?) e onde os seus serviços serão com certeza melhor apreciados. Só gostava de saber se detonar petardos e a posse de "material pirotécnico só é ilegal nas manifestações políticas (e deve sê-lo) e, por isso mesmo, gostaria também de ser informado de quantas detenções foram efectuadas ontem pelas forças de segurança e quando serão os detidos presentes a tribunal. Gostava também de saber, à luz dos estatutos do meu clube, qual a penalização em que incorrem (para estarem presentes na AG têm de ser sócios do clube) e se e quando lhes será aplicada.

Não estando em causa, claro está, desde que em votação democrática, livre e não condicionada (não estive lá, por isso não vi), a não aprovação do Relatório e Contas, espero que a equipa de futebol profissional do meu clube saiba logo à noite, em campo e sem condicionantes de "outro género", dar a estes verdadeiros "untermenschen" a resposta desportiva que merecem.

Viva o Benfica!

quinta-feira, setembro 27, 2012

"Land Girls" (9)

2º episódio - "Secrets" (parte IV de V)
Legendas em castelhano
BBC - 2009

As capas de Cândido Costa Pinto (83)

Capa de CCP para "O Imenso Adeus", de Raymond Chandler, nº 101 da "Colecção Vampiro"

O jornalismo e a "Caixa"

Quando se fala na abertura do capital da CGD a privados (não tenho uma posição de princípio favorável ou contrária e acho deve discutir-se o assunto) e se suspeita possa existir entre os cidadãos um sentimento contrário a tal desígnio, surgem logo, estrategicamente colocadas, notícias como esta. Embora desmentidas, fica a tentativa de criar na opinião pública um ambiente favorável aos desígnios governativos. E depois digam o governo tem problemas de comunicação... Tem é problemas políticos (e não são poucos).

Já agora... Não teria sido mais ético confirmar a veracidade da notícia antes de a publicar? E se não  querem queixar-se (com razão) de Rui Rio, importam-se de não se pôr a jeito?

O PS e a "Caixa"

O PS deixou passar em claro, sem que um "ai" se lhe ouvisse, uma reforma das leis laborais altamente penalizadora para o mundo do trabalho. Estava previsto no MoU que assinou? Sim, claro, mas não recordo o Partido Socialista tenha mostrado o mais pequeno sinal de desconforto perante a inevitabilidade. Depois, "não tugiu nem mugiu" com a venda da EDP e REN, empresas a operar em sectores económicos estratégicos, à República Popular da China (não, não se tratou de uma verdadeira privatização, o que alteraria de modo significativo esta minha análise), onde liberdade pessoal, política e empresarial são uma miragem. Agora, ameaça "rasgar as vestes" com a simples perspectiva da abertura de parte do capital da Caixa Geral de Depósitos a investidores privados, o que, não querendo significar não tenham alguma razão (não estamos perante uma possível decisão estratégica, mas apenas em presença de uma tentativa de "arrecadar mais umas massas" e tenho dúvidas, no mínimo, sobre a sua oportunidade), surpreende pelo contraste. Conclusão: ou o PS explica "preto no branco" e "clarinho para militar perceber" as suas razões ou, perante a histeria anti-partidos e anti-regime que por aí anda à solta, ficarão os cidadãos com a ideia que este seu "rasgar de vestes" é essencialmente movido por meros interesses partidários. Estamos conversados ou posso aguardar por explicações satisfatórias? 

quarta-feira, setembro 26, 2012

"Land Girls" (8)

2º episódio - "Secrets" (parte III de V)
Legendas em castelhano
BBC - 2009

4ªs feiras, 18.15h (1) - Sword & Sandals (I)


"Sign of the Gladiator" (aka "Nel Segno Di Roma"), de Guido Brignoni (1959)
Filme completo c/ legendas em inglês

As subvenções e o populismo

Não estou em desacordo os partidos devam gastar menos nas suas campanhas eleitorais: grande parte do que é gasto parece-me ser inútil para o objectivo da conquista de votos e um maior rigor e profissionalismo nas campanhas permitiria com certeza a mesma eficácia com mais baixos custos. Digo eu, com a "näiveté" de quem não tem experiência directa do assunto mas também sabe dos interesses que por lá se movem.

Mas atenção, para além de estes cortes terem também eles um efeito recessivo, algo que muitas vezes é esquecido pelo "povo da SIC" nos seus "fóruns de opinião" (os partidos recorrem a muitos fornecedores de materiais e serviços em "outsourcing"), preferiria que essa iniciativa de redução das subvenções estatais e esse controlo fossem deixados à livre iniciativa e arbítrio de cada partido e não efectuados através de decreto ou determinação oficial. É que perante o clamor anti-democrático e anti-partidos que por aí vai, hoje exige-se o corte obrigatório de 10 ou 20% das subvenções do Estado e os partidos cedem; amanhã o seu corte na totalidade ou, como acontece já hoje, a redução do número de deputados; um dia a redução dos seus salários e fundos necessários à sua actividade; e, por fim, a extinção dos próprios partidos políticos, o fecho do parlamento e o fim da democracia, todos considerados um desperdício inútil de dinheiros públicos. A democracia custa dinheiro - é bom que haja quem explique - e quem vive estendendo a mão ao populismo acabará sempre devorado por ele. Até o "povo da SIC".

Zorrinho, o PS e as fundações

A confusa reacção do PS, pela voz de Carlos Zorrinho, ao anúncio do governo sobre os "cortes" nas fundações é bem o espelho do estado de degradação político e ideológico a que chegou o principal partido da oposição. Em vez de aproveitar a ocasião para assumir uma atitude pedagógica e anti-populista, chamando a atenção para o autêntico embuste que constituem as chamadas "gorduras do Estado" que estiveram, em grande parte, na base da ascensão ao poder do PSD; em vez de denunciar que as tais "fundações fantasma", onde se praticam "ordenados chorudos", são, em grande parte, outro autêntico "mito urbano"; em vez de clarificar o papel de utilidade pública de muitas Fundações, substituindo-se não raramente ao Estado nas actividades que desenvolvem; em vez de esclarecer que um corte cego nas suas actividades tem também um carácter eminentemente recessivo (nas fundações trabalham pessoas e a sua actividade, recorrendo com grande frequência a colaboração significativa fora da instituição, tem um efeito multiplicador nada negligenciável), o PS de Zorrinho não arranjou nada de melhor para dizer do que "a montanha pariu um rato", deixando implícito que o PS teria ido mais longe, quase incentivando o governo a acentuar os tais "cortes" e cavalgando assim a onda populista na base deste tipo de "cortes na despesa". 

Claro que esta desinformação terá as suas consequências e um dia, quando no governo, o PS não deixará de as sofrer, tanto ou mais do que está a acontecer actualmente com o PSD e Pedro Passos Coelho. Mas o pior é que não é apenas o PSD, nem tal se limitará ao PS, mas a democracia e o regime ficarão definitivamente desacreditados e os partidos políticos assumirão finalmente o seu papel de coveiros.

terça-feira, setembro 25, 2012

"Land Girls" (7)

2º episódio - "Secrets" (parte II de V)
Legendas em castelhano
BBC - 2009

Os "boys" de Salazar

"Mas a grande lógica de Salazar, a razão da sua longevidade e do apoio das elites, era aquilo a que eu chamaria a "administração da cunha". Não há praticamente nenhum general que, depois de exercer funções políticas, não acabe num conselho de administração de uma empresa... Nisso, Salazar era habilíssimo... ... Salazar era um gestor muito habilidoso de favores".historiador António Araújo em entrevista ao Expresso.

Para os saudosos de "um" Salazar "honesto", íntegro", que "venha pôr isto tudo na ordem" e "acabe com os "boys", a "corrupção", o "tráfico de influências", as "mordomias", as "reformas douradas", a "promiscuidade entre o Estado e as empresas" e assim sucessivamente. Com uma diferença: é que nas ditaduras eu não poderia escrever isto e nelas tudo o que se sabe é transmitido "bouche à l'óreille", com os riscos inerentes.


"Les uns par les autres" - os melhores "covers" de temas tornados famosos pelos seus autores (13)

John Lennon e Paul McCartney por Chris Farlowe
"Yesterday" 
Original dos Beatles incluído no álbum Help, de Agosto de 1965. e versão de Chris Farlowe de Março de 1966

E se o governo fosse mesmo um Conselho de Administração?


O governo gosta muito de citar as empresas e metodologias de gestão empresarial para explicar os seus actos e estratégias. O próprio conceito, já transformado em autêntico "mito urbano", de "gorduras do Estado", se substituirmos o "Estado" por "empresa" ou "companhia", tem a sua génese na gestão empresarial. Ok, certo, vamos admitir tal comparação ou apropriação pela política do léxico e conceitos da gestão empresarial por vezes até pode dar jeito e ser reveladora. Não o nego, desde que usada com parcimónia e não deixando de considerar as distâncias entre objectos sociais de empresas e Estado. Mas socorrendo-nos da tal comparação a que o governo recorre amiúde, pergunto: qual seria a reacção dos accionistas de uma empresa se o respectivo Conselho de Administração lhes apresentasse uma realidade como a que é descrita no primeiro parágrafo? Acham que vale a pena responder?... 

Futebol: "não apaguem a memória"!

Tenho estado muitas vezes em profunda discordância com as atitudes da direcção do meu clube no modo como reage aos poderes que, há mais de trinta anos, comandam "de facto" o futebol português. Não por ausência de razões pontuais e/ou profundas, mas porque penso muitas dessas reacções talvez não sejam as mais adequadas a uma mudança efectiva nesse "estado de coisas". Não posso, no entanto, e porque tenho memória, aderir à tentativa de branqueamento em curso do modo fraudulento e trauliteiro como o FCP alcançou a hegemonia no futebol português, tentativa essa expressa por muitos jornalistas e comentadores quando "igualizam" e aplicam a mesma bitola às declarações e atitudes de dirigentes do FCP, por um lado, e do SLB, por outro. Quando, atribuindo iguais responsabilidades, acusam, de modo indiscriminado, os "dirigentes dos clubes de incendiarem o futebol português" (costuma ser esta a expressão), o que não passa de uma adaptação ao futebol da campanha populista e anti-democrática que afirma "serem os políticos  todos iguais e todos eles igualmente corruptos e criminosos" - pelo menos em potência.

Não foram o SLB e o SCP (para não me acusarem de facciosismo) que colocaram o futebol a "ferro e fogo" e "subiram na vida" usando a coação, a violência, corrupção e a mentira. Não foram SLB e SCP que se viram envolvidos em processos de corrupção envolvendo árbitros de futebol. Não são estes clubes os responsáveis pela degradação da indústria em proveito próprio. Não são os presidentes de SLB e SCP que são recebidos com "pompa e circunstância" na Assembleia da República e comandam uma autêntica teia de interesses no poder autárquico e partidário. Portanto, pelo menos enquanto eu tiver memória, a responsabilidade dos clubes no ambiente de suspeição e degradação existente no futebol português não é toda igual, não sendo portanto possível tratar todos do mesmo modo e fazer tábua rasa do passado. Esse passado, tal como a ditadura de Salazar e Caetano, existiu, e é em grande parte responsável pelo estado de suspeição e de ausência de credibilidade competitiva que se vive no futebol português. "Não apaguem a memória".

domingo, setembro 23, 2012

Xistra? Claro, mas convém não esquecer o resto

Xistra protagonista? Pois claro, sempre foi um (mau)árbitro com tendência para tal. Mas Maxi muito imprudente. E como é que uma equipa que tem Cardozo, Rodrigo, Lima, Salvio, Nolito, Enzo Perez, Bruno César, Aimar, Melgarejo e ainda Carlos Martins e Gaitán (esqueci-me de algum?) só consegue marcar um golo de "bola corrida" contra uma equipa que joga 40' com apenas dez jogadores? 

London Public Houses (11)





The Black Friar
174 Queen Victoria Street, Blackfriars, City of LondonLondon EC4V 4EG
Tel :020 7236 5474

"This narrow wedge-shaped pub is jammed against the railway line at Blackfriars. It was built in 1875 near the site of a thirteenth century Dominican Priory, which gives the area its name and was the inspiration for the pubs design. 
The exterior of the building has jutting wrought iron signs for each bar and the pub's name is proudly displayed in mosaic tiles. A statue of a large, laughing friar stands guard above the main door. 
Though unusual and pleasing, the exterior does not prepare you for the extraordinary interior. The immediate impression is that of an extravagantly ornate church, or scaled down cathedral, every inch decorated in marble, mosaic or bas-relief sculpture. 
The walls, clad in green, red and cream marble, are covered with illustrations of merry monks. Above the fireplace, a large bas-relief bronze depicts frolicking friars singing carols and playing instruments. Another called 'Saturday Afternoon' shows them gathering grapes and harvesting apples. 
Three low arches lead into a smaller bar which is like a chapel, this was added after the First World War. Below a beautiful arched mosaic ceiling, are mottos of wisdom, such as, 'finery is foolery' and 'don't advertise, tell a gossip'. The detail here is amazing, even the light fittings are carved wooden monks carrying yokes on their shoulders, from which the lights hang.
The Black Friar’s interior is literally a work of art. It was begun in 1904, with sculptors Nathaniel Hitch, Frederick T. Callcott and Henry Poole contributing to its splendour. This pub is a lasting testament to their skill and craftsmanship. In the 1960's Sir John Betjeman, who later became the Poet Laureate, led a campaign to save the Black Friar from demolition. Thanks to him and his supporters we can still enjoy this delightful pub. 
The Back Friar has good real ales and some nice food. Try to visit 'off peak' so you can get a better view." 

Clássicos de cine-esplanada - filmes completos (14)

"Arabian Nights", de John Rawlins (1942)
Filme completo c/ legendas em português

Nota: com a chegada das primeiras chuvas de Outono, "Clássicos de Cine-Esplanada" despede-se até ao próximo Verão. Espero bem se tenham divertido tanto como eu. Também a partir da próxima 6ª feira "Friday Midnight Movie" sofrerá uma ligeira alteração no seu conceito (acho que para melhor), mantendo-se o dia e hora habituais da sua publicação (todas as 6ªs feiras pelas 23.45h). Para além disso, muito mais cinema vai surgir neste "blog", todas as 4ªs feiras ao fim da tarde. Estejam atentos.

sábado, setembro 22, 2012

Luís Filipe Vieira e o "desinvestimento"

Já o tinha dito aqui, a crise financeira europeia obriga os principais clubes portugueses (leia-se SLB e FCP) a realizarem alguns ajustamentos no seu modelo de negócio. Luís Filipe Vieira veio hoje confirmá-lo, "loud and clear", e saúda-se que tenha tido a coragem de o transmitir aos sócios e adeptos deixando de lado algum do seu populismo tradicional, que tem vindo, pouco a pouco, felizmente a abandonar. Mas se estamos a falar de um ajustamento indispensável, há simultaneamente algo de desajustado nas afirmações de LFV: com os investimentos realizados nas três ou quatro épocas anteriores, era suposto o SLB ter recuperado alguma da hegemonia perdida para o FCP no futebol português (era esse o objectivo), e, caso isso tivesse acontecido, o clube teria conseguido criar uma inércia de movimento que lhe permitiria enfrentar o agora anunciado e necessário período de desinvestimento com muito maior à vontade, digamos que na "pole position". Falhado esse objectivo, conseguir agora desafiar a hegemonia do FCP em período de desinvestimento - e mesmo sendo este clube obrigado a seguir estratégia semelhante - será tarefa bem mais difícil. Perdeu-se pois uma oportunidade, e LFV não pode ignorar as suas responsabilidades nessa oportunidade perdida.  

"Land Girls" (5)

1º episódio - "Childhood's End" (parte V de V)
Legendas em castelhano
BBC - 2009

O novo primeiro-ministro

Não sei se estão bem a perceber o  terramoto político que aconteceu ontem em Belém... Simples: o primeiro-ministro, "de facto", passou a chamar-se Aníbal Cavaco Silva, o ministro das Finanças Carlos Costa e o governo, agora apenas "de jure", de Pedro Passos Coelho, enviado para um estado vegetativo, passou a ser tutelado por Belém e pelo Banco de Portugal, tendo perdido qualquer margem de manobra negocial perante o Conselho Económico e Social - e Silva Peneda bem merece este poder negocial acrescido para o orgão a que preside. Para além disso, a estratégia de "empobrecimento" terá sofrido um certo revés. Veremos até que ponto.

Não sendo eu, nem de perto nem de longe, um entusiasta do político Aníbal Cavaco Silva, fico a dever-lhe uma valente chapelada.

sexta-feira, setembro 21, 2012

Friday midnight movie (8)

"The Mask of the Red Death", de Roger Corman (1964)
Filme completo c/ legendas em castelhano

"Land Girls" (4)

1º episódio - "Childhood's End" (parte IV de V)
Legendas em castelhano
BBC - 2009

Remodelação, dizem eles

Não me lembro de nenhuma remodelação governamental que se tenha traduzido num efectivo reforço do governo. Pelo contrário, são quase sempre sintoma de fragilidade e prenúncio do fim. Portanto, não vejo o que leva muita gente da área do PSD a recomendarem-na, talvez pensando que sacrifício de figuras menores como Álvaro Santos Pereira ou Assunção Cristas mudaria a percepção dos portugueses. Não me parece. Sejamos claros: a única remodelação do governo que faria sentido passaria por Gaspar, Relvas e Borges - este último que até nem o integra - e tal significaria mais do que uma remodelação, significaria o fim do governo. Pelo menos tal como o conhecemos. 

Vital Moreira e a TSU

Meu caro Vital Moreira: quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.

quinta-feira, setembro 20, 2012

quarta-feira, setembro 19, 2012

Celtic - SLB

Este era um jogo que requeria um adversário do Celtic a jogar em posse e circulação de bola (o que, como sabemos, não corresponde ao modelo de jogo do SLB) contra uma equipa que, apesar das suas origens irlandesas, ainda joga à boa e velha maneira britânica que já não se usa. Salva-se a coragem e o resultado, que não é apenas bom por ser conseguido no sempre difícil Parkhead; é-o também porque o Celtic é uma equipa tradicionalmente muito mais fraca quando joga "fora", porque o SLB precisava de ganhar confiança numa equipa sem Javi, Witsel, Maxi e Luisão e porque o Barça fez a sua obrigação e ganhou ao Spartak. Uff!...

"Land Girls" (2)

1º episódio - "Childhood's End" (parte II de V)
Legendas em castelhano
BBC - 2009

O general e a democracia

O General Garcia dos Santos, de quem louvo a afirmação respeitadora da democracia de que "não é de armas na mão que os problemas se vão resolver", acaba por demonstrar total incoerência política ao querer, simultaneamente, transformar a Presidência da República numa espécie de instituição tutelar do regime, encarregue de "pôr os partidos políticos na ordem". Este entendimento do papel do Presidente da República não é novo e resulta de uma concepção pouco liberal da política e da democracia, sendo potenciado pelo anacrónico carácter semi-presidencialista do regime. Sejamos claros: A expressão institucional dos conflitos, através dos partidos políticos, organizações sindicais e patronais, etc, é não só saudável como faz parte da vida em democracia e está na base da evolução e progresso ordenado das sociedades. Assim sendo, os partidos não estão "condenados a entenderem-se", nem necessitam de uma "tutela institucional", numa sociedade democrática, aberta e liberal, o que acabaria por bloquear o sistema e o regime. Têm, isso sim, de, a cada momento, conjunturalmente, procurar os acordos necessários que possibilitem a governação. No caso da presente crise, cabe ao PSD, que ganhou as eleições com Passos Coelho como candidato a primeiro-ministro, apresentar soluções que permitam a continuidade da governação, continuidade essa que parece posta em causa pelos acontecimentos das últimas semanas. Se tal não for possível, caberá então ao Presidente da República pedir ao povo que se pronuncie.

Clássicos de cine-esplanada - filmes completos (13)

"Il Sorpasso", de Dino Risi (1962)
Filme completo c/ legendas em castelhano

Liberdade


terça-feira, setembro 18, 2012

"Land Girls" (1)

1º episódio - "Childhood's End" (parte I de V)
Legendas em castelhano
BBC - 2009

The Satellite/Stax records story (8)

The Mar-Keys - "Last Night" (1960)

O Portugal de Ferraz da Costa

Pura e simplesmente "tenebroso", foi o projecto para o país que Pedro Ferraz da Costa (que tem o mérito de não esconder as suas ideias) apresentou hoje no preâmbulo do Fórum TSF e que, bem vistas as coisas, não difere estruturalmente daquele que Pedro Passos Coelho, Vítor Gaspar e António Borges sugerem, cada vez menos subliminarmente, para Portugal. Um país empobrecido, vivendo à custa de exportações tornadas competitivas por meio dos baixos salários (como, não se sabe), com um mercado interno deprimido vivendo da substituição de importações por produtos de baixa qualidade, com um mercado de trabalho completamente desregulado e um desemprego estruturalmente elevado, certamente com uma emigração massiva, sendo que tudo isto seria assegurado politicamente por um género de União Nacional formada por PSD, CDS, PS e Presidência da República. Tudo isto dito com o habitual ar de enfado de quem, oh vanguarda iluminada!, não é compreendido por 99% dos portugueses, sejam eles empregadores, empregados, profissionais liberais, políticos e funcionários públicos. Sério candidato a um possível prémio Augusto Pinochet. 

Uma entrevista segura

Ciente das suas limitações e de que as expectativas seriam baixas, António José Seguro tentou ontem, na sua entrevista à RTP, principalmente não cometer erros (o que seria desastroso) e, mais do que entusiasmar ou gerar paixões (nunca o deve ter conseguido na vida e dificilmente irá alguma vez conseguir), jogou no "certinho" e bem comportado, algo que casa bem tanto com a sua imagem como com o seu nome. Digamos que foi inteligente e, em função da análise SWOT prévia, escolheu o registo certo.

Demasiado artificial? Sim, mas isso é o ar do tempo e não tem de tal coisa, infelizmente, o exclusivo, nacional ou internacional. Conseguiu mesmo não cometer erros? Cometeu um, grave, ao estilo Passos Coelho, ao dizer que não sabia quanto o Estado poderia arrecadar com o tal imposto sobre as PPP mas que tinha uma comissão de técnicos a estudar o assunto: não o pode fazer. Podia também ter evitado aquele número, a puxar ao demagógico, de entregar a Vítor Gonçalves o "dossier" com as trezentas e não sei quantas propostas do PS. Mas esteve bem ao marcar o "seu" território quando disse não estar disponível para o "canto da sereia" que seria uma participação no governo sem que o voto dos portugueses o decidisse. É isso que os portugueses esperam do PS e da democracia: que haja, dentro do chamado "arco governamental", quem governe e quem se assuma como oposição. Digamos que passou com "suficiente pequeno", e ficamos assim à espera de exames mais exigentes

segunda-feira, setembro 17, 2012

A rotunda do Marquês

Não me parece seja preciso esperar até Dezembro para se tirarem conclusões sobre a nova configuração e fluxos de trânsito na rotunda do Marquês de Pombal. Sendo que o dia de hoje é insuficiente para se tirarem conclusões definitivas, ou os problemas verificados se resolvem nas próximas 2 ou 3 semanas ou mais vale António Costa e a CML assumirem o fracasso e voltarem ao formato anterior. 

Tartans (4)




MacLeod tartan

"Les haricots sont pas salés" - old time cajun music (18)

Amédé Ardoin (1898 - 1942) - "Les Blues De Voyage"

TSU e expectativas

Mesmo que todos os empresários fizessem reverter para os trabalhadores, sob a forma de aumento de salários ou benefícios adicionais, o valor total da redução da TSU para as empresas (e estou certo haverá alguns que o farão, pelo menos parcialmente), tal estaria longe de ter um impacto proporcional no consumo interno, de inverter significativamente o carácter recessivo da decisão de aumentar o valor da TSU pago pelos trabalhadores. É que baseando-se o comportamento dos agentes económicos fundamentalmente em expectativas, e estando estas muito longe de serem positivas, a maior parte desse aumento salarial não se traduziria em consumo, mas em poupança na previsão de dias piores, e lá viria uma vez mais o primeiro-ministro queixar-se do comportamento dos portugueses num caso em que a responsabilidade é inteiramente sua. Digamos que o mal está feito, e tudo o que possa agora ou no futuro tentar alterá-lo serão apenas paliativos. 

Os "mujahedin" de serviço.

Independentemente da posição de cada um, da maior ou menor identificação com os propósitos, palavras de ordem e ideia que se tenha sobre a (significativa, acho) mobilização alcançada nas manifestações do passado sábado, da concordância ou discordância sobre o papel assumido nos últimos anos pelas televisões neste género de acontecimentos (e eu tenho algumas reservas), alguns dos textos (1 e 2) escritos e publicados pelos mais radicais simpatizantes do governo, autênticos "mujahedin" quais "guerreiros santos" em defesa do empobrecimento doutrinário oficial, fazem-me lembrar, e não apenas vagamente, os escritos do "Diário da Manhã" de Barradas de Oliveira e os velhos programas da antiga Emissora Nacional ao estilo "A Verdade É Só Uma; Rádio Moscovo Não Fala Verdade". Um vómito em forma de escrita.

domingo, setembro 16, 2012

Clássicos de cine-esplanada - filmes completos (12)


"The Searchers", de John Ford (1956)
Filme completo c/ legendas em castelhano

O desastre anunciado

Se o desastre tem apenas dias, ele estava claramente anunciado. E estava-o a partir do momento que as ideias maioritárias dos "Compromisso Portugal" e "Fóruns para a Competitividade", onde, a par de pessoas competentes e bem intencionadas, predominava gente sem qualquer preparação política (ou até anti-política) e uma certa ideia de vanguarda iluminada ultra-liberal que iria salvar o país substituindo a política pelas regras e procedimentos da gestão, fizessem o seu caminho e acabassem por chegar à governação. Claro que, para piorar ainda as coisas e porque algumas das ideias expressas nesses fóruns empresariais dificilmente se poderiam considerar "simpáticas" em termos eleitorais, houve que juntar ao "pacote", de modo a torná-lo mais "tragável", uma ou outra ideia populista, ao pior estilo Correio da Manhã, que reforçasse o tom geral anti-política de que bastariam ideias e gente vinda das empresas chegarem à governação para regenerar o país. E apareceram as "gorduras do Estado", as "mordomias" dos políticos e gestores públicos, a "corrupção" dos políticos, os "preguiçosos" do RSI que era imperioso pôr a trabalhar, a "falta" de carpinteiros, canalizadores e "calceteiros marítimos" e tudo o mais que por aí se foi lendo e ouvindo. E quando isso não chegava, lá vinha, a um nível ainda mais rasteiro, "o Sócrates" e a sua tão apregoada "dolce vita" parisiense. Claro que a falta de rigor na gestão do Estado e os erros cometidos pelos governos anteriores não são propriamente mitos urbanos, mas, como agora se prova, estão longe, mesmo demasiado longe de, por si sós, servirem de explicação e justificação para o desastre actual.

E agora? Bom, agora, nesta conjuntura - e não tendo dons de pitonisa nem de professor Marcelo (não são a mesma coisa?) -, parece-me difícil encontrar uma solução nos tempos mais próximos que, forçada ou não por Belém, não tenha origem no próprio PSD (ganhou as eleições e não me parece ser este PS alternativa, pelo menos no curto prazo), onde ainda sobrevive alguma gente decente e com bom-senso quanto baste. Com Passos? Enfim... "é como o outro". Mas seguramente sem Gaspar, Borges e Relvas.

sábado, setembro 15, 2012

A redução da TSU e o "empobrecimento"

Sobre o disparate que constitui a redução da TSU já praticamente tudo foi dito. Mas convém acrescentar uma coisa: ao reduzir de forma brutal e dramática os salários no sector privado (onde não cabe o argumento da redução da despesa pública), transferindo valor do empregado para o empregador, ela é a medida que melhor exprime a estratégia de "empobrecimento" que está no âmago da única ideia consistente deste governo para sociedade portuguesa. Significa isto que não é possível ver a árvore e não ver a floresta, isto é, que não é possível, ou é pelo menos insuficiente, argumentar de forma consistente e sustentada contra a redução da TSU sem pôr em causa a própria estratégia de "empobrecimento" que lhe está na base e a justifica. Sem pôr em causa o governo.

Em certa medida, mesmo que de forma subliminar, parece-me ter sido a constatação brutal dessa estratégia de "empobrecimento" que a redução da TSU veio evidenciar que levou de repente, num abrir e fechar de olhos, a um certo "choque e espanto" em muitos sectores da sociedade portuguesa. Pior, acordou os portugueses para o facto de ser este o primeiro governo depois da normalização constitucional a pôr em causa, senão mesmo a quebrar, não direi um consenso, mas um entendimento largamente maioritário existente na sociedade portuguesa e que esteve na base do 25 de Abril, do 25 de Novembro e da adesão à então CEE: a aproximação aos valores e padrões económicos, sociais, culturais e civilizacionais da Europa desenvolvida. É exactamente por recusar a Portugal esse lugar no seio da civilização e do desenvolvimento que este governo deve e tem de ser combatido.    

sexta-feira, setembro 14, 2012

Friday midnight movie (7)


"The Pit and The Pendulum", de Roger Corman (1961)
Filme completo c/ legendas em português
Nota: o filme está dividido no You Tube em 6 partes - 1, 2, 3, 4, 5, 6

Pedro Passos Coelho já não sabe o que diz


Ou seja, como as actuais medidas de austeridade só podem gerar recessão, o que Pedro Passos Coelho tem para nos oferecer é mais austeridade, o que, claro está, irá gerar ainda mais recessão. É a tal espiral recessiva. Por mim, acho que Pedro Passos Coelho já nem percebe os disparates que diz ou não compreende bem o que Vítor Gaspar lhe manda dizer.

Ah!, esperem: vai competir em salários com Marrocos e com a China e fazer crescer imenso as exportações.

Passos Coelho ensandeceu mesmo

Pedro Passos Coelho durante a visita à fábrica de chocolates Imperial: "Aqueles com quem competimos têm custos mais baixos, nomeadamente custos do trabalho"

Eis uma frase que é todo um programa político e condensa em si mesma a estratégia de "empobrecimento" do actual governo. Como não me consta os custos de trabalho sejam mais baixos em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, etc, significa que os concorrentes de Portugal serão talvez a China, Marrocos, o Bangladesh ou, vamos lá e no limite - e para ser simpático - a Roménia ou a Bulgária. Peço imensa desculpa, mas este homem está louco e tem mesmo que ser rapidamente afastado antes que nos destrua.

Live at The Cavern (3)

The Marauders - "Dr. Feelgood"

Javi, Witsel e agora Luisão. Que fazer?

Primeiro foram-se Javi e Witsel, mas era preciso vender e o erro foi o clube não se ter precavido. Agora Luisão, durante dois meses, vítima de si próprio e da habitual instabilidade emocional da equipa. E assim ficou a equipa sem a sua "espinha dorsal" (é assim que se diz, não é?). Que fazer, diria Vladimir Ilitch Ulianov (esse mesmo)? Bom, para além de umas rezas para que nenhum jogador do meio-campo se lesione, nas quais acredito pouco, e esperar que 14 de Novembro chegue depressa, limitando entretanto os estragos, aqui vão alguns conselhos.
  1. Não inventar. Mexer o mínimo possível no modelo e princípios de jogo já enraizados na equipa e, sobretudo, não pôr jogadores a fazer aquilo que não sabem e em lugares onde não conseguem ser eficazes. Se é em 4x1x3x2, 4x3x3 ou 4x4x2 pouco me interessa. Aquilo não são matraquilhos: o jogo é dinâmico e existem jogadores com características diferentes para a mesma posição, o que modifica completamente o modo com a equipa se comporta.
  2. Colocar o foco principal no campeonato e na Champions League (onde nunca conseguiremos ganhar o grupo, o que significa que, mesmo se nos apurarmos para os 1/8 de final, levamos aí com um "colosso") logo se verá o que vai dando.
  3. Chegados a Janeiro tentar tudo, mas mesmo tudo, para fazer regressar Ailton e Rúben Amorim. Nem que LFV e Jorge Jesus tenham que ir a Braga a pé em peregrinação ou a nado até ao Cristo do Corcovado. Jesus não gosta deles? Tanto pior para ele; trate de gostar. Não são grande coisa? São o que há para os lugares que precisamos.
  4. Não fazer asneiras no mercado de Janeiro. Contratar? Só mesmo alguém barato, que entre "de caras" na equipa ou nos habituais convocados. E se forem em peregrinação ao Bom Jesus tragam o Custódio, que entra neste critério e até dava um certo jeito!
  5. Vão tratando de ver se aquele miúdo André Gomes é alguém que se aproveite (vi-o contra o Bétis e pareceu-me um jogador interessante) e, se sim, tratem de o ir fazendo crescer. Uns joguitos na Taça da Liga e na Taça de Portugal e o mimo suficiente para se sentir importante.
  6. Para terminar, que tal um "bónus" aos pobres associados que compraram "Red Pass" pensando o espectáculo iria ter outros artistas? 

quinta-feira, setembro 13, 2012

Specialty records (11)

Little Richard - "Can't Believe You Wanna Leave"

A estratégia de Cavaco Silva

Depois da intervenção televisiva de ontem de Manuela Ferreira Leite, já deu para perceber qual a estratégia de Cavaco Silva na actual crise política (sim, trata-se de uma crise política): manter-se "resguardado" e em silêncio enquanto vai mandando avançar os seus "peões" (Alexandre Relvas, Ferreira Leite, etc) num cerco que se vai apertando em torno Pedro Passos Coelho, tentando forçá-lo à "rendição", isto é, a reverter algumas das suas anunciadas medidas mais polémicas. Depois, caso isto não seja suficiente, sugerir aos deputados, principalmente aos da maioria, manobrem nesse mesmo sentido. Por fim, tal como já o fez, aguardando seja da iniciativa de alguns deputados o envio do Orçamento de Estado para fiscalização preventiva junto do Tribunal Constitucional.  Cavaco Silva tenta assim, manobrando nos bastidores, retomar alguma da influência política perdida nos últimos tempos, e previsível quando um dos mais importantes objectivos tácticos - a eleição de uma liderança "amiga" no PSD - acabou por falhar com a derrota de Ferreira Leite. No fundo, aproveitará a actual fragilidade do governo para reforçar o seu peso político junto deste e evitar perder o PS como aliado. Mas, e porque não assume Cavaco Silva uma posição mais clara e de primeira-linha, como aconteceu quando, ao longo do tempo, actuou no sentido de desgastar os governos de José Sócrates levando este, por fim, à demissão? Bom, por várias razões, e não apenas pela existência de uma proximidade ideológica, que não só não será muito clara como me parece até descartável para o actual Presidente da República.
  1. Em primeiro lugar porque, estando o país sob intervenção externa, Cavaco Silva, enquanto Presidente da República, não pode nem quer ser acusado de ser o causador de uma crise política grave.
  2. Em segundo lugar, e face ás debilidades e divisões no PS, Cavaco Silva não vê aí - e se calhar com razão - uma alternativa credível.
  3. Em terceiro lugar porque, de uma ou de outra forma, Cavaco Silva é o "pai" (melhor dizendo, o "padrasto") deste governo e, de forma indirecta, também da actual liderança do PS, para a qual, levando a anterior direcção do PS à demissão (independentemente dos erros desta), muito contribuiu. Não se irá desautorizar a si próprio.
  4. Por último, e face à gravidade da situação económica do país e à contestação que a "austeridade", o ajustamento" e o empobrecimento" geram, Cavaco Silva quererá sempre resguardar-se, cultivando a sua imagem favorita de "estar acima dos partidos e dos políticos" e assim passar, mais uma vez, entre os "pingos da chuva".
Em resumo, parece-me ser este o guião", e desiludam-se os que esperam um Presidente da República com uma actuação mais activamente visível nesta conjuntura.

O modelo de televisão do ministro Relvas?

quarta-feira, setembro 12, 2012

Victor Palla (4)

Capa do livro "Elói ou Romance Numa Cabeça", de João Gaspar Simões, nº 6 da colecção "Autores Portugueses" da Editora Arcádia (1959)

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público não deveria estar calado?

A questão terá passado mais ou menos despercebida no turbilhão de acontecimentos dos últimos dias, mas pergunto-me se o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (que nem deveria existir), ou qualquer magistrado judicial, se deveria pronunciar publicamente sobre a constitucionalidade de uma lei (neste caso, ainda nem isso) tarefa que incumbe a um tribunal superior constituído especificamente para o efeito. Claro que andamos todos "furibundos", pedindo aos santinhos de céu e diabos do inferno que venha a ser essa a decisão do Tribunal Constitucional. Mas tal não nos pode nem deve retirar a clarividência necessária para estar atentos a questões essenciais definidoras da democracia e do Estado de Direito. 

Clássicos de cine-esplanada - filmes completos (11)



"Merril's Marauders", de Samuel Fuller (1962)
Filme completo c/ legendas em português

O PS "oficial"

O PS "oficial" (aparentemente há outro, o de Silva Pereira, Ferro Rodrigues e António Costa) não perde oportunidade para se "desfocalizar" daquilo em que deveria, neste momento, concentrar a sua atenção e esforços: face às últimas comunicações do primeiro-ministro e do ministro da Finanças, assumir uma posição clara e inequívoca sobre o modo como irá votar o próximo orçamento de Estado e liderar, como afirmou Pedro Silva Pereira, mesmo na "rua" e enquanto principal partido da oposição - digo eu - a contestação às medidas anunciadas, não abandonando esse campo à esquerda radical, ao PCP e muito menos a movimentos mais ou menos inorgânicos.

Agora, nessa tentativa de fugir da realidade como o Diabo da cruz ou o Conde Drácula dos alhos, aproveitou uns "desabafos" de António Nogueira Leite no Facebook para exigir a sua demissão da Caixa Geral de Depósitos e, depois disso, vir a público criticar algumas afirmações de Miguel Relvas, tendo o CDS como alvo, enviadas directamente do Brasil. Claro que Nogueira Leite, enquanto administrador de um Banco público, deveria abster-se daquele tipo de "desabafos" e manifestações de "estado de espírito, mais a mais numa rede social, e o governo deveria de uma vez por todas assumir uma atitude institucional, enquanto orgão de soberania, no que se refere às declarações dos seus membros quando em representação oficial no estrangeiro. Mas, francamente, são "fait divers", e enquanto o PS de Seguro, demasiado "pequenino", provinciano (quase diria "com medo da própria sombra") e hesitante em assumir-se como porta-voz do desencanto generalizado, se for entretendo com questões desta "magnitude", o governo bem pode estar descansado e continuar a sua "obra" de empurrar o país para o sub-desenvolvimento generalizado. Estamos mesmo bem tramados...  

terça-feira, setembro 11, 2012

Bobby Fuller (7)

Bobby Fuller - "Our Favorite Martian"

Seguro: de prisioneiro de Belém a prisioneiro no partido?

Claro que não estão em causa, naquilo que vou dizer, os erros políticos de José Sócrates, principalmente o ter insistido em governar quando era notório não tinha condições para o fazer; e neste aspecto, saliento o não ter forçado eleições perante a contestação nas ruas às indispensáveis reformas de Maria de Lurdes Rodrigues, o não ter apresentado a demissão quando do gravíssimo caso das escutas, responsabilizando o Presidente da República por essa sua atitude, e não se ter recusado a formar um governo minoritário quando da perda maioria absoluta. No fundo, José Sócrates, com essa sua teimosia ou "resiliência", acabou por deixar que a, hoje em dia mais do evidente, conspiração com epicentro em Belém fizesse calmamente o seu percurso, e apenas sofresse um sobressalto inesperado: a ascensão de Pedro Passos Coelho a líder do PSD no lugar que estaria reservado para a "cavaquista" Ferreira Leite, governando Cavaco por interposta pessoa. Digamos que, pelo que sabemos hoje, não terá sido percalço de somenos...

Mas o assunto leva-me um pouco mais longe. Perante as hesitações e dificuldades sentidas por António José Seguro em pronunciar o "f word", isto é, em anunciar de forma clara e inequívoca que o PS votará contra o Orçamento de Estado, ou, indo até um pouco mais longe, em colocar, como diz o experiente Silva Pereira, o PS na liderança da contestação política e social (que é a única opção com sentido se não quiser ver o PS reduzido a um papel residual), não deixando à esquerda radical e comunista ou à "rua inorgânica" a condução do processo, pergunto-me se tal conspiração não terá chegado ao ponto de, directa ou indirectamente, ter conseguido colocar da direcção do PS alguém "amigo". Digamos que se não é, parece, mas, mais uma vez, é a não prevista por Belém ascensão à direcção do PSD e ao governo do grupo de Pedro Passos Coelho, com as suas opções radicais, que parece estar a deitar tudo a perder, não permitindo a Seguro, sob pressão interna - e apesar de todas as suas hesitações - alternativa que não seja o rotundo e claro "não". Um "não" que, forçado por nomes com o peso de um Silva Pereira, de um António Costa e de um Ferro Rodrigues, deixa agora Seguro, depois de parecer ter estado prisioneiro de Belém, prisioneiro na liderança do seu próprio partido.

segunda-feira, setembro 10, 2012

Mais um "perigoso esquerdista" criado por este governo

Se alguma eficácia este governo tem é em conseguir virar contra si os seus mais ferrenhos apoiantes.

The Big Easy (3)

Aaron Neville - "Tell It Like It Is"

O Chile da Europa?

Não me lembro de alguma vez ter assistido em Portugal a uma tão grande e repentina transferência de poder e de valor dos empregados para os empregadores, do trabalho para o capital. Tudo isto sem qualquer oposição significativa de sindicatos, organizações de trabalhadores e partidos que se reclamam da esquerda "pura e dura" (PP e BE). Mais... Em alguns casos, mesmo com a sua conivência, pelo menos parcial, como é o caso do que acontece na Educação, onde um programa retrógrado é implementado por uma aliança tácita entre o governo e a Fenprof. Isto acontece num país onde a extrema-esquerda representa cerca de 20% dos eleitores e onde um partido comunista ortodoxo domina a maioria dos grandes sindicatos. Acresce que isto também se passa perante  a oposição ou, no mínimo, sem qualquer entusiasmo visível da maioria das organizações patronais, e o desagrado de muita gente que tradicionalmente se situa ao centro e à direita. 

Em muitos países não me parece tal fosse possível em democracia ou, pelo menos, sem que a contestação extravasasse a normalidade institucional. No Chile de 1973, embora o país vivesse em plena situação pré-revolucionária (ou até mais do que isso), o que faz alguma diferença, um programa ideológico que, pelo menos na sua essência e objectivos, não será assim tão diferente como se possa pensar do perfilhado pelo actual governo português, custou uma das ditaduras mais cruéis e sinistras da segunda metade do século XX, com todas as suas infelizes consequências. "Portugal não será o Chile da Europa", como se gritava em pleno PREC? Não foi, felizmente, pelo menos do modo como se julgava tal poderia vir a acontecer. Mas parece que as diferenças se arriscam a ficar por aí e um programa razoavelmente semelhante até seja possível de aplicar em democracia. Será que, mais uma vez, a originalidade do "processo revolucionário" português, agora passados mais de 35 anos, não vai cessar de nos surpreender? 

"Os amanhãs que cantam"

"Não baixaremos os braços até o trabalho estar feito, e nunca esqueceremos que os nossos filhos nos estão a ver, e que é por eles e para eles que continuaremos, hoje, amanhã e enquanto for necessário, a sacrificar tanto para recuperar um Portugal onde eles não precisarão de o fazer." - Pedro Passos Coelho, 1º ministro de Portugal

Empobrecimento (5)


domingo, setembro 09, 2012

Empobrecimento (4)

Amália Rodrigues - "Uma Casa Portuguesa"

Empobrecimento (3)


Seguro: cobardia política e falta de sentido de Estado

Independentemente do seu conteúdo, o que se pedia a António José Seguro do ponto de vista formal não eram declarações feitas aos militantes num evento exclusivamente partidário, como o é a chamada universidade de verão do PS. O que se pedia ao líder do principal partido da oposição é que tivesse respondido de imediato e nessa mesma noite a Pedro Passos Coelho e falasse aos portugueses numa comunicação formal efectuada a partir da sede do seu partido. É que a forma é também importante (e muito) e Seguro demonstrou assim, para além da sua já conhecida cobardia política, uma total e completa falta de sentido de Estado. Estamos bem tramados...

Já agora, Seguro já deveria já ter afirmado "alto e bom som" que iria propor aos orgãos dirigentes do seu partido o voto contra o orçamento de Estado do próximo ano. Para além de não lhe restar alternativa, com as suas "meias palavras" está a projectar uma imagem de líder fraco e  hesitante e  a dar total iniciativa política e espaço mediático ao PCP e ao discurso de hoje de Jerónimo Sousa na festa do Avante". Estamos mesmo bem tramados...

Clássicos de cine-esplanada - filmes completos (10)

"Trapeze", de Carol Reed (1956)
Filme completo c/ legendas em português