O PS deixou passar em claro, sem que um "ai" se lhe ouvisse, uma reforma das leis laborais altamente penalizadora para o mundo do trabalho. Estava previsto no MoU que assinou? Sim, claro, mas não recordo o Partido Socialista tenha mostrado o mais pequeno sinal de desconforto perante a inevitabilidade. Depois, "não tugiu nem mugiu" com a venda da EDP e REN, empresas a operar em sectores económicos estratégicos, à República Popular da China (não, não se tratou de uma verdadeira privatização, o que alteraria de modo significativo esta minha análise), onde liberdade pessoal, política e empresarial são uma miragem. Agora, ameaça "rasgar as vestes" com a simples perspectiva da abertura de parte do capital da Caixa Geral de Depósitos a investidores privados, o que, não querendo significar não tenham alguma razão (não estamos perante uma possível decisão estratégica, mas apenas em presença de uma tentativa de "arrecadar mais umas massas" e tenho dúvidas, no mínimo, sobre a sua oportunidade), surpreende pelo contraste. Conclusão: ou o PS explica "preto no branco" e "clarinho para militar perceber" as suas razões ou, perante a histeria anti-partidos e anti-regime que por aí anda à solta, ficarão os cidadãos com a ideia que este seu "rasgar de vestes" é essencialmente movido por meros interesses partidários. Estamos conversados ou posso aguardar por explicações satisfatórias?
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