Pura e simplesmente "tenebroso", foi o projecto para o país que Pedro Ferraz da Costa (que tem o mérito de não esconder as suas ideias) apresentou hoje no preâmbulo do Fórum TSF e que, bem vistas as coisas, não difere estruturalmente daquele que Pedro Passos Coelho, Vítor Gaspar e António Borges sugerem, cada vez menos subliminarmente, para Portugal. Um país empobrecido, vivendo à custa de exportações tornadas competitivas por meio dos baixos salários (como, não se sabe), com um mercado interno deprimido vivendo da substituição de importações por produtos de baixa qualidade, com um mercado de trabalho completamente desregulado e um desemprego estruturalmente elevado, certamente com uma emigração massiva, sendo que tudo isto seria assegurado politicamente por um género de União Nacional formada por PSD, CDS, PS e Presidência da República. Tudo isto dito com o habitual ar de enfado de quem, oh vanguarda iluminada!, não é compreendido por 99% dos portugueses, sejam eles empregadores, empregados, profissionais liberais, políticos e funcionários públicos. Sério candidato a um possível prémio Augusto Pinochet.
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