sábado, setembro 08, 2012

O dia seguinte

  1. Depois da comunicação de ontem do primeiro-ministro e das gravíssimas medidas anunciadas, esperava ouvir hoje Paulo Portas explicar ao país porque razão o CDS mudou de ideias e resolveu aceitar, ao contrário do que vinha apregoando, uma gravoso e iníquo aumento de impostos para a maioria dos portugueses. Em vez disso - e uma mudança de   atitude tão radical por certo só poderá ter sido ditada por razões muito graves -  ouvi apenas alguns recados transmitidos por criados de ocasião, enquanto Portas, no estrangeiro, tratava de ser pôr a bom recato.
  2. Do mesmo modo, teria esperado ouvir o líder do principal partido da oposição, António José Seguro, imediatamente a seguir à comunicação do primeiro-ministro, dirigir-se formalmente aos portugueses explicando, de forma inequívoca, porque não é a estratégia de empobrecimento o caminho e qual a alternativa que o Partido Socialista, um partido com raízes nos valores da social-democracia europeia, propõe para que os portugueses mantenham alguma esperança e confiança no futuro. Em vez disso, tivemos apenas direito a uma breve comunicação do líder parlamentar Carlos Zorrinho, mais radical na forma do que no conteúdo, continuando, vinte e quatro horas depois, Seguro "desaparecido em combate".
Vale a pena acrescentar mais alguma coisa?
    

2 comentários:

Karocha disse...

Vale JC!

Isto ainda vai piorar :-((

JC disse...

Tb acho que vai...