Foi preciso o "raid" predador do Zenit para os clubes portugueses (ou melhor, os seus treinadores, o que faz alguma diferença) perceberem quão absurdo é manter o mercado aberto com as competições já a decorrer e os sorteios europeus efectuados, podendo os clubes mais ricos enfraquecer assim os seus futuros adversários. O problema é que esses mesmos treinadores se esquecem de mencionar o chamado "mercado de Janeiro", quando, passando de presas a predadores, não se coíbem de fazer o mesmo a nível interno. Ou ainda da questão dos empréstimos entre clubes que disputam a mesma competição, alterando completamente as regras da concorrência e a tão falada "verdade desportiva". Talvez agora o emergente dinheiro russo e árabe, entrando em conflito potencial ou efectivo com os interesses de alguns clubes poderosos e com pergaminhos aristocráticos, leve finalmente a UEFA a agir, regulamentando, a nível global, o mercado de empréstimos e transferências. É que não existe efectiva livre concorrência sem regras bem definidas, regulamentação adequada e quem zele efectivamente pelo seu cumprimento. E não é só no futebol...
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