Ontem, dei por mim, depois da meia noite, a ver no canal “História” um pequeno documentário sobre o “doping” na RDA. Claro que “doping” existe e existiu em muitos países, mormente nos USA (para que não me acusem já de mil e uma coisas “terríveis”...), e o velho Joaquim Agostinho bem dizia que ninguém subia os Alpes e os Pirinéus de bicicleta só a comer bifes com batatas fritas. Nem, acrescento eu, corre os 100 metros em bem menos de 10’' só à custa de compostos vitamínicos. Mas o que de mais chocante tem esse documentário é o modo como, à “boa” e velha maneira da “Solução Final”, num estado totalitário, tudo é feito de modo programado, metódico, sistematizado e, pior ainda, dirigido pelo próprio Estado e envolvendo a delação e a polícia política (Stasi). No meio de tudo isso, do modo como tudo se processou, desse universo concentracionário que parece retirado de um filme actual de ficção científica, alguns dos terríveis “efeitos secundários” apresentados no final até quase chegam a parecer um mal menor...
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