Num ano de transição entre a crise e uma retoma tímida e ainda pouco consistente para nela se confiar a 100%, muito mais importante do que nos deitarmos a adivinhar com quem o governo vai aprovar o próximo orçamento (alguém se chegará à frente, disso não tenhamos dúvidas, e não serão o PCP ou o “Bloco”) ou quais os ministérios prejudicas ou beneficiados, exercício a que os “media” costumam dar grande importância, será analisar o “balanço” (equilíbrio), tanto em termos quantitativos como qualitativos (isto é, como e onde vão incidir) entre os incentivos ao crescimento e as medidas de controle e diminuição do “déficit” e do endividamento. Será essa a verdadeira “pedra de toque” da governação e que, portanto, irá determinar o “posicionamento”, deste governo. E será, em grande parte, dessa atitude e desse posicionamento que irão depender muitos dos comportamentos das agências e instâncias internacionais face a Portugal.
Não me parecendo ajuizado em 2010, numa conjuntura ainda incerta, adoptar desde já uma atitude demasiado radical no controle da despesa, parece-me, contudo, que, perante o cenário futuro, não existirá qualquer razão ou argumentação de forte peso que justifique, perante a necessidade de diminuir essa despesa e, simultaneamente, transferir recursos para quem perdeu o emprego ou usufrui de pensões mais baixas, um qualquer aumento da massa salarial da função pública, com a possível, mas mesmo assim modesta, excepção dos salários mais baixos.
Com pouca esperança... mas aguardemos.
Não me parecendo ajuizado em 2010, numa conjuntura ainda incerta, adoptar desde já uma atitude demasiado radical no controle da despesa, parece-me, contudo, que, perante o cenário futuro, não existirá qualquer razão ou argumentação de forte peso que justifique, perante a necessidade de diminuir essa despesa e, simultaneamente, transferir recursos para quem perdeu o emprego ou usufrui de pensões mais baixas, um qualquer aumento da massa salarial da função pública, com a possível, mas mesmo assim modesta, excepção dos salários mais baixos.
Com pouca esperança... mas aguardemos.
Sem comentários:
Enviar um comentário