sexta-feira, dezembro 11, 2009

O "Gato Maltês" recomenda

O "Gato Maltês" recomenda vivamente oiçam a intervenção de Fernando Ulrich, presidente do BPI, hoje na conferência Reuters-TSF.

2 comentários:

Anónimo disse...

É verdade que o centro do cataclismo financeiro se situou sobretudo na banca americana e inglesa.

Porém, foi a crescente desregulamentação, a qual remonta à administração Reagan, o fio condutor da anómala situação e não o excesso de regulamentação.

O remédio natural é a prevenção de maiores riscos colocando o ênfase, inevitavelmente, na regulamentação e não na "mão invisível", consubstanciada esta no presumível interesse dos accionistas, demonstrado que foi não ser esta eficiente como meio de controlo.
Visível ou invisível, a única "mão" foi aquela que levou à actual situação.

Se dúvidas houvessem, os chorudos prémios e demais imodestos "fringe benefits" com que as administrações irresponsáveis, insensíveis e nada solidárias com as percas, se auto-refastelaram como "prémio" da condução desses bancos à ruína, só poderia ter como resposta um reforço da intervenção dos poderes públicos.

O referido banqueiro fala por si e pelo seu banco e é com agrado que observamos alguém que não seguiu o mesmo modelo, mantendo o seu banco a coberto das tempestades.

Infelizmente, os problemas da banca não se cingem aos bancos ango-saxónicos.
Os casos BPN e BPP, cuja situação tem mais a ver com a respectiva gestão e menos com a crise internacional, estão aí para provar a pertinência da regulamentação que, por imperativo legal, tem de ser igual para todos, pagando o justo pelo pecador.
E são já centenas ou milhares de milhões de justos que directa ou indirectamente, de alguma foram estão a pagar pelos desmandos que originaram esta crise, incontestavelmente, a segunda maior desde o começo do sec. XX.

Oxalá que a necessária regulamentação se informe pelo delicado equilíbrio de um rigor suficiente para prevenir a repetição de novos desmandos e a flexibilidade requerida para não paralisar e burocratizar uma actividade essencial à economia.

JR

JC disse...

Caro JR:
Se quer que lhe diga, a parte referente à Banca foi, em minha opinião, a menos interessante da intervenção de FU. Mais interessante e desassombrada foi a que diz respeito à situação económica do país. Foi essencialmente esta parte que me levou a recomendar a audição. Não lhe vou dizer assino por baixo a 100% o que ele disse, mas é uma análise mtº lúcida.
Cumprimentos