domingo, agosto 31, 2008

Benfica-FCP (2)

Fez bem Quique Flores ao optar por um meio-campo capaz de jogar em transições rápidas, evitando enfrentar o FCP onde ele era mais forte (exactamente nesse meio-campo) e levando o jogo para as alas, sector onde o adversário era previsivelmente mais fraco e o Benfica apresentava, teoricamente, vantagem. Pode dizer-se que treinou um modelo de maior contenção e circulação de bola (com Ruben Amorim) e jogou com outro (com Reyes e Di Maria) mas nem isso é inteiramente verdade: se o modelo com Ruben Amorim parece ter sido o preferencial na pré-época, várias vezes ensaiou este modelo alternativo, fazendo jogar Urreta e/ou Balboa. Para além disso, não tinha Reyes e Di Maria, e quem se arriscaria a deixá-los de fora ontem? O resultado de contratações a conta-gotas...

O problema chamou-se, isso sim, Katsouranis: a partir do momento em que se apanhou em vantagem por via de uma decisão estúpida do grego, o FCP optou por colocar o jogo onde queria, fechando os espaços e dificultando a rapidez dessas mesmas transições, enquanto o Benfica, para quem o empate seria um razoável resultado nesta fase de construção da equipa, se via obrigado a avançar no terreno libertando metros quadrados para o jogo de Lucho, Rodriguez e Lisandro... Este foi, de facto, o problema, o que penaliza ainda mais o desastre que foi a actuação do grego, quando quer, um excelente jogador, a central ou no meio-campo.

Já agora e uma vez mais: há quanto tempo anda o meu clube a tentar contratar um central de categoria num infindável desperdício de recursos? Já lá vão Alcides, Zoro, Stretnovic, Edcarlos, agora Sidnei. Acho que já esqueci alguns...

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