terça-feira, agosto 12, 2008

Uma história de violência (VII) - o silêncio dos partidos

Sendo a questão da criminalidade e segurança, bem como o crescente sentimento de largos sectores população no sentido de aceitação de uma deriva securitária crescente que possa mesmo pôr em causa certos elementos definidores do estado de direito, uma questão sem dúvida importante na sociedade portuguesa actual, pouco interessando para o caso que esse sentimento seja claramente desproporcional face à efectiva dimensão do problema, estranho, mesmo tendo em conta a desculpa da silly season, o silêncio dos partidos sobre o assunto.

Parece que finalmente o BE se pronunciou, pela voz de Fernando Rosas e isso é de saudar, bem como a sua posição que reputo de maioritariamente correcta, mas o BE é um partido minoritário no Parlamento e na sociedade portuguesa não estando eu certo que as suas convicções democráticas e em favor do estado de direito sejam assim tão enérgicas em outras áreas da política e da governação. Não tendo grandes dúvidas sobre qual será a posição de princípio do CDS/PP, gostava de ouvir a opinião dos dois principais partidos sobre o assunto – e não apenas a do governo pela voz do ministro das polícias -, para não me ver obrigado a interpretar este silêncio ensurdecedor como mais um acto de cobardia política.

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