sábado, agosto 16, 2008

Portugal e os Jogos Olímpicos (5)

Parece-me fazer pouco sentido que atletas que apenas conseguiram realizar os mínimos exigíveis para participação olímpica uma única vez e em provas realizadas em condições ideais de “pressão e temperatura” (organizadas expressamente para esse efeito, sem pressão, em situações de "pico de forma" para os atletas que se prepararam expressa e unicamente para o efeito, etc, etc) sejam seleccionados para a equipa olímpica, sabendo-se de antemão que essas condições estarão longe de se verificar durante os Jogos e que a sua forma já então será bem diferente daquela que deu origem à obtenção desse mesmo mínimo. Mas isso é resultado de uma mentalidade distorcida, em que a participação olímpica é vista como um prémio ao que o atleta realizou e não uma ferramenta para obtenção de resultados de nível internacional concedida aos que têm verdadeira capacidade para o fazer. Idêntico raciocínio se aplica àqueles que conseguindo sistematicamente obter resultados que lhe permitem a participação nas grandes provas internacionais (europeus, mundiais, J. O), nunca nelas terão obtido marcas ou classificações com qualquer relevância internacional, quedando-se por classificações modestas ou não passando das 1ªas eliminatórias.

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