A propósito de toda esta salutar polémica sobre a participação dos atletas portugueses nos Jogos Olímpicos, lá se começou novamente a ouvir e ler o tradicional fatalismo português do “somos um país pequeno e estamos a competir contra os melhores do mundo”, frase directa herdeira do “pobrezinhos mas honrados” de tão triste memória. Com idêntica mentalidade, muito sinceramente, não sei que fariam a Jamaica, para não falar do Quénia, da Tanzânia, de Marrocos e da Etiópia. Para não falar da Bielorrússia, que muito bem soube aproveitar a herança soviética, onde o desporto ocupava um lugar destacado na propaganda política.
Pois é exactamente o mesmo que Portugal deve fazer, em vez de se queixar: aproveitar os desportos e disciplinas onde possa obter vantagens competitivas - o que não é muito diferente do que acontece, por exemplo, na economia. Nada disto é novo e foi exactamente isto que o atletismo fez, primeiro nas provas de fundo, depois em provas intermédias (1.500 metros) e em disciplinas mais técnicas aproveitando as melhores condições proporcionadas pelo progresso do país aos seus cidadãos autóctones e pelo valor acrescentado trazido pelos recursos humanos da imigração. Como se sabe, dos melhores atletas portugueses dos últimos anos, três (Naide, Francis e Nelson) não nasceram em Portugal, e já começamos a ver imigrantes de leste a representar este seu país de acolhimento em provas internacionais. Veremos, com certeza, alguns dos seus filhos, um dia, serem campeões por Portugal.
Pois é exactamente o mesmo que Portugal deve fazer, em vez de se queixar: aproveitar os desportos e disciplinas onde possa obter vantagens competitivas - o que não é muito diferente do que acontece, por exemplo, na economia. Nada disto é novo e foi exactamente isto que o atletismo fez, primeiro nas provas de fundo, depois em provas intermédias (1.500 metros) e em disciplinas mais técnicas aproveitando as melhores condições proporcionadas pelo progresso do país aos seus cidadãos autóctones e pelo valor acrescentado trazido pelos recursos humanos da imigração. Como se sabe, dos melhores atletas portugueses dos últimos anos, três (Naide, Francis e Nelson) não nasceram em Portugal, e já começamos a ver imigrantes de leste a representar este seu país de acolhimento em provas internacionais. Veremos, com certeza, alguns dos seus filhos, um dia, serem campeões por Portugal.
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