sexta-feira, agosto 08, 2008

Uma história de violência (II)

As declarações do Ministro da Administração Interna, Rui Pereira (este sim, e não Mª de Lurdes Rodrigues ou o anterior Ministro da Saúde Correia de Campos, um dos piores ministros deste governo), sobre a actuação da PSP durante o assalto à dependência do BES, são apenas a cereja em cima do bolo que vem confirmar as minhas piores suspeitas expressas em post anterior. Pois aqui está o aproveitamento político das pulsões mais populistas e primárias do povo português, em vez da atitude moderada, didáctica e de contenção que seria de esperar de um governante responsável de uma democracia moderna. Espero bem, ao cavalgar o momento, não esteja Rui Pereira a brincar de aprendiz de feiticeiro, libertando forças que poderá não vir a controlar. Enfim, este é o retrato de um governo que, desde a demissão de Correia de Campos, parece ter enveredado pela estratégia "eleiçoeira" com claro prejuízo da governação.

Duas questões:
  1. Para além do facto de serem brasileiros (o que dá jeito ao populismo reinante) ainda não vi os “media” debruçarem-se sobre a identidade dos assaltantes - quem eram, o que faziam na vida, onde viviam, se tinham família e amigos, etc. Porque será?
  2. Já agora, gostava também de saber o que tem a chamada “ala esquerda” do PS a dizer sobre o assunto...

2 comentários:

Anónimo disse...

O que é que interessa quem eram os assaltantes?

A policia fez o que tinha de ser feito para resgatar os refens, o resto é historia. Estou-me borrifando para quem eram os assaltantes e para quem eram os refens.

A unica coisa que quero saber é se um dia me acontecer uma situacao semelhante a policia tem a coragem e a competencia para fazer o que é preciso.

E ontem ficou demonstrado que tem.

Anónimo disse...

Creio que uma coisa é avaliar a qualidade do Ministro Rui Pereira e outra, totalmente diferente, é avaliar a competência e a correcção da actuação das forças policiais. Até agora tenho lido imensos comentários (grande parte deles a criticar) a actuação dos GOE... Então qual seria a actuação correcta? O assalto já durava há mais de 7 horas, os assaltantes estavam a ficar nervosos, havia informações que um deles disse que preferia morrer a ir preso, tinham armas apontadas à cabeça dos reféns (e não nos esqueçamos deles, porque como os assaltantes também eles têm família). Chega de criticas, são preciso é soluções!!