Não quero fazer o papel de ave agoirenta, mas há que ter em atenção que um dos resultados possíveis das últimas acções policiais também pode ser este: pôr o país a ferro e fogo numa espiral incontrolável de violência em vez de servir de elemento dissuasor de futuras acções criminosas, como muitos afirmam. Até porque me parece bastante perigoso que as polícias tenham sentido da parte da opinião pública apoio generalizado para acções “musculadas” e nos limites da legalidade, ou mesmo legalmente questionáveis. Mas a responsabilidade última é do respectivo ministro, que “apanhou a boa onda” populista em vez de ter agido com o bom senso, didactismo e equilíbrio que a situação justificava. Pois é: “o que pode correr mal, corre sempre mal”.
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