Se nos dermos ao trabalho de verificar as classificações dos nadadores portugueses nas várias edições dos Jogos Olímpicos verificamos que apenas uma vez um deles atingiu a final: Alexandre Yokochi, 7º lugar em Los Angeles 1984 nos 200 metros bruços. O mesmo Yokochi foi 9º nessa mesma prova em Seoul, correspondendo a uma participação nas meias-finais. Fora essa excepção, não existe registo de mais qualquer classificação portuguesa entre os 16 primeiros, correspondente a numa meia-final, pertencendo as melhores classificações seguintes a José Couto (18º nos 100 metros bruços em Sidney e nos 200 metros bruços em Atlanta), Artur Costa (17º nos 1 500 metros livres em Barcelona) e Sandra Neves (18º lugar em Seoul nos 200 metros mariposa).
Convenhamos que é pouco para delegações que não raras vezes excederam a dúzia de nadadores: com os recursos empregues e o investimento realizado não seria exagero esperar algumas presenças nas meias-finais (digamos que pelo menos 1/3, em média, dos participantes seria o mínimo exigível) e uma ou outra presença numa final. Será, pois, altura para a Federação Portuguesa de Natação e o governo reequacionarem a estratégia, investimento e aplicação de recursos até aqui seguidas no sentido de um efectivo e real progresso dos resultados alcançados, colocando um definitivo ponto final ao esbanjamento de recursos até aqui verificado, como prova qualquer análise rigorosa dos resultados obtidos.
2 comentários:
Recordo apenas que o proeza do Alexandre Yokochi, em Los Angeles, foi conseguida em condições muito especiais, já que grande parte dos potenciais finalistas e medalhados não estavam nos JO (boicote dos países de Leste).
Obrigado, não me tinha lembrado disso. De qualquer modo, todos os resultados fossem assim...
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