Nos últimos tempos, o Presidente da República parece demonstrar alguma dificuldade no modo como utiliza os meios de intervenção e influência de que dispõe. Nos casos em que se esperaria, e requereria, uma intervenção pública, como nos casos da Madeira, terá optado, e preferido, exercer a sua influência de modo mais discreto. Noutras, em que talvez esse modelo resguardado se revelasse preferível, como, por exemplo, na questão do estatuto dos Açores, preferiu o dramatismo encenado de uma comunicação ao país. Agora, quando ninguém questiona, nem nunca questionou, séria e credivelmente, a sua honestidade, e teria sido bem melhor para si e para o país utilizar a sua influência discreta para conseguir a renúncia de Dias Loureiro ao cargo de conselheiro de estado, onde este chegou por sua indicação, resolveu emitir um comunicado desmentindo qualquer eventual ligação ao BPN. Ao preço a que andam os desmentidos, seria bem melhor para todos que se tivesse mantido em silêncio.
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