O blog “Gato Maltês” está hoje muito “ligeirinho”, o que não é necessariamente sintoma de boa disposição mas mais de afugentar fantasmas. Mas adiante. José Pacheco Pereira falava ontem no seu “Vírus”, no RCP (rubrica radiofónica a não perder), da utilidade insuspeita do creme “Nivea” no tratamento das capas em couro dos livros antigos, restituindo-lhes a humidade e, assim, evitando que secassem e partissem. O “Gato Maltês” - que gosta muito de livros (também de discos e filmes) embora o mais antigo que possui seja apenas uma edição de 1907 de “O Mandarim” de Eça de Queiroz e com uma encadernação recente - com a queda que tem para os sapatos, o que implica o seu tratamento esmerado, não pode deixar de sugerir outras duas aplicações do celebrado creme da caixinha azul relacionadas com este item do vestuário masculino. Pois aqui ficam, muito ao género “Guia de conselhos práticos para tratar do seu calçado”.
- Aplique-o (ao “Nívea”) na sola dos sapatos (quando esta for de couro, evidentemente). Assim, a sola humedece, fica mais flexível e quebra com muito menos facilidade, evitando romper-se (e um par de solas novas "como deve de ser" é bem caro!). Tenha, no entanto, o cuidado de deixar secar e só tornar a utilizar os sapatos no dia seguinte, dando então os primeiros passos com o cuidado suficiente para não malhar com o corpinho (ou o corpanzil) nos escorregadios e ondulados passeios lisboetas.
- Use-o, do mesmo modo como aplica graxa nos sapatos “de cidade”, nos chamados “docksides” (ou “sapatos de vela”, à portuguesa), desde que estes não sejam de camurça ou "nubuck". Ficam como novos e duram eternidades. Devo avisar os mais tementes que a receita não é minha, mas da Timberland que vende um creme específico para o efeito. A história é muito simples: aqui há uns anos (mais de dez?) tendo-se acabado a minha bisnaga do dito creme, desloquei-me à loja Timberland para comprar uma nova. Como estava esgotado em Portugal, o solícito empregado sugeriu usasse creme “Nívea” em sua substituição. Mau negócio para a Timberland, já que, a partir daí, fiel ao “Nívea” fiquei. É melhor e mais barato!
E pronto. Dixit et fecit.
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