Gioachino Rossini - Abertura "La Gazza Ladra" - Filarmónica de Viena dirigida por Claudio Abbado
Devo dizer que o meu conhecimento das óperas de Gioachino Rossini (1792-1868) é relativamente primitivo: não tenho uma única gravação e nunca assisti a qualquer representação integral, ao vivo ou via TV, de uma delas (e são muitas). Mesmo no caso do célebre “tornedó", acho me ficaria pelo “foie gras”, de preferência com um bom Sauternes, dispensando a bem insípida carne de lombo. Mas adiante.
Parece que quando da estreia de “Clockwork Orange” acesa polémica se levantou sobre o recurso à utilização de sintetizadores nas versões de Walter Carlos das aberturas de “La Gazza Ladra” e “William Tell”. Francamente, não me lembro, mas o Hugo Santos se encarregou de trazer o assunto à discussão um outro dia no Ié-Ié. E ainda bem que o fez, já que isso me permite vir a terreiro defender a sua utilização e, com este post, mostrar à evidência quão inadequadas estariam as versões orquestrais “académicas” (chamemo-lhes assim) num filme que, pelo seu conceito, lhes está nos antípodas. Outra curiosidade é que “Clockwork Orange” será talvez o filme de Kubrick que mais recorre à música erudita de “gosto popular”: ambas as aberturas de Rossini o são, como também o é a 9ª Sinfonia de Beethoven. Poder-se-á falar do “Danúbio Azul” de “2001”, também popular, com certeza, mas nesse último filme Kubrick recorre também a algumas peças de Ligeti, por exemplo, que se afastam nitidamente desse paradigma.
Bom, para que se possa avaliar da eventual justeza das minhas afirmações, aqui fica a abertura da ópera “La Gazza Ladra”. A interpretação é da Filarmónica de Viena dirigida por Claudio Abbado (ena!!!)
Parece que quando da estreia de “Clockwork Orange” acesa polémica se levantou sobre o recurso à utilização de sintetizadores nas versões de Walter Carlos das aberturas de “La Gazza Ladra” e “William Tell”. Francamente, não me lembro, mas o Hugo Santos se encarregou de trazer o assunto à discussão um outro dia no Ié-Ié. E ainda bem que o fez, já que isso me permite vir a terreiro defender a sua utilização e, com este post, mostrar à evidência quão inadequadas estariam as versões orquestrais “académicas” (chamemo-lhes assim) num filme que, pelo seu conceito, lhes está nos antípodas. Outra curiosidade é que “Clockwork Orange” será talvez o filme de Kubrick que mais recorre à música erudita de “gosto popular”: ambas as aberturas de Rossini o são, como também o é a 9ª Sinfonia de Beethoven. Poder-se-á falar do “Danúbio Azul” de “2001”, também popular, com certeza, mas nesse último filme Kubrick recorre também a algumas peças de Ligeti, por exemplo, que se afastam nitidamente desse paradigma.
Bom, para que se possa avaliar da eventual justeza das minhas afirmações, aqui fica a abertura da ópera “La Gazza Ladra”. A interpretação é da Filarmónica de Viena dirigida por Claudio Abbado (ena!!!)
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