Na sua única intervenção, até ao momento, sobre a questão da Assembleia Regional da Madeira, o Presidente da República, ao desvalorizar a questão política centrando as suas preocupações puramente em questões de carácter económico (“no momento em que o país atravessa grandes dificuldades, a nossa preocupação tem de estar centrada no desemprego, na competitividade das empresas, no endividamento"), está a secundarizar e subalternizar o estado de direito democrático e, mais, a revelar uma concepção puramente instrumental da democracia – dos direitos, liberdades e garantias. Digamos que do tipo chewing gum: mastiga enquanto lhe sabe bem e cospe quando começa a amargar. Preocupante, mas nada de verdadeiramente inesperado.
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