Fernando Teixeira dos Santos acaba de afirmar que não é fácil fazer previsões neste momento. Claro que não é. Mas, pelo menos, não parecia ser difícil excluir, à partida, as mais improváveis, e o que o governo fez foi basear o orçamento de estado em algumas delas. Infelizmente, parece-me, sem necessidade, já que podendo compreender o governo não possa, nem deva, transmitir uma imagem de pessimismo derrotista, também ninguém lhe exige, antes pelo contrário, que seja fantasioso. Ao tê-lo sido, está a colocar em causa a imagem daquele que será, talvez, o seu ministro mais bem sucedido e, por consequência, do governo no seu todo. Sem necessidade, repito, por isso me parecendo a ideia pode não ter partido do Ministro das Finanças. À bon entendeur... É que, provavelmente, estaremos perante a enésima repetição da tão conhecida história do sapo e do escorpião, e fazer algo de diferente seria contra a natureza de alguém. Wishful thinking, deveria ter sido o comentário apropriado a emitir por Teixeira dos Santos na altura certa. Ou, utilizando o jargão das empresas para casos semelhantes, o papel, ou a "pen", aceitam tudo. A realidade, os portugueses e a oposição é que certamente não. É que não havia mesmo necessidade...
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