Abertura da ópera "William (Guilherme) Tell" (2ª parte), de Gioachino Rossini. Orquestra Filarmónica de Berlim dirigida por Claudio Abbado
Ora já que estamos em Rossini e “Clockwork Orange”, deixemo-nos ficar. “William (ou Guilherme) Tell" foi a última ópera composta por Rossini, em 1929 (o compositor viveu, no entanto, até 1868), e para quem viu o filme de Kubrick fácil é encontrar uma boa razão para a escolha da abertura desta ópera, com libretto de Etienne de Jouy e Hippolyte Bis, para a respectiva banda sonora. William Tell era um rebelde, alguém que se revoltava contra a autoridade, sendo assim quase imediato estabelecer um paralelismo com a personagem "Alex" da obra de Stanley Kubrick. Aliás, quando da sua estreia, a ópera teve, aqui e ali, alguns problemas com a censura da época, tal como aconteceu com o filme de Kubrick em alguns países, incluindo a Grã-Bretanha (Kubrick retirou-o de distribuição) e os USA (problemas com a classificação etária). Também em Portugal, é claro, onde foi proibido. Algo que hoje em dia nos fará apenas sorrir pelo ridículo…
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