Parece que alguns pilotos da TAP, em vez de o fazerem lá em casa ao jantar ou, entre eles, à volta de um café enquanto esperam pelo próximo voo, terão decidido comentar assuntos internos da companhia para a qual trabalham em público (o Facebook é um local público), algo que infringe as mais elementares regras da ética, sigilo e comportamento profissionais. A companhia reagiu com moderação e, em vez de qualquer procedimento disciplinar ou de fazer (não sei se o fará; mas deveria) repercutir este comportamento incorrecto na evolução do seu salário e eventuais prémios, convocou-os, juntamente com outros colaboradores da empresa, para a frequência de um curso de ética profissional, algo perfeitamente adequado a quem de e por tal comportamento mostrou total desconhecimento e desprezo. Parece, entretanto, que tais pilotos se declaram humilhados e ofendidos (que dirá a companhia que foi enxovalhada na praça pública?!...) e resolveram amuar preparando-se a estrutura sindical respectiva para o “faz e acontece”, como diriam os Deolinda.
Bom, o assunto não passaria de um “fait divers” que cobriria os seus protagonistas de ridículo não fosse o relevo dado por uma comunicação social incapaz de fazer as perguntas certas na hora e local certos; o facto de existir sempre alguém capaz de dar guarida aos maiores disparates (um tal Paulo Pinto de Albuquerque, lembram-se?) e de, assim, se compor o ramalhete de um país em que a incapacidade de se hierarquizarem os assuntos e problemas e dele se extrair o que é verdadeiramente essencial parece ser doença crónica. É um país muito ruidoso e, como todos sabemos, nada melhor do que o ruído para abafar a melodia.
Bom, o assunto não passaria de um “fait divers” que cobriria os seus protagonistas de ridículo não fosse o relevo dado por uma comunicação social incapaz de fazer as perguntas certas na hora e local certos; o facto de existir sempre alguém capaz de dar guarida aos maiores disparates (um tal Paulo Pinto de Albuquerque, lembram-se?) e de, assim, se compor o ramalhete de um país em que a incapacidade de se hierarquizarem os assuntos e problemas e dele se extrair o que é verdadeiramente essencial parece ser doença crónica. É um país muito ruidoso e, como todos sabemos, nada melhor do que o ruído para abafar a melodia.
2 comentários:
Inteiramente de acordo com a sua análise.
Porque não se limitam a pilotar os aviões ? Ou será que o facto de andarem frequentemente nas nuvens lhes tolda o raciocinio ?
Será do ar rarefeito? Mtº obrigado pelo comentário.
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