domingo, janeiro 10, 2010

Futebol(zinho) português...

Capacidade média dos estádios, média de espectadores por jogo e percentagem de ocupação dos estádios em Dezembro nas 15 principais ligas europeias, incluindo o "Championship" (2ª Divisão inglesa), a "League One" (3ª Divisão de Inglaterra) e a II Divisão da Bundesliga.
Nota: Portugal ocupa o 12º lugar em média de espectadores (atrás estão a "League One", a Áustria e a Dinamarca), mas o último em percentagem de ocupação dos estádios. Pode estabelecer-se alguma comparação com uma fábrica com excesso de capacidade de produção instalada: ou procura novos mercados e/ou aumentar a sua quota no mercado existente, ou esse excesso de capacidade instalada repercutir-se-á negativamente no agravamento de custos dos produtos produzidos tornando-os menos competitivos. É neste quadro que se deve analisar o "desconforto" da AAC com a utilização do Cidade de Coimbra, a intenção de venda do Magalhães Pessoa, as repetidas manifestações de desagrado do Beira-Mar para com o novo Mário Duarte e o facto do Olhanense não utilizar o Estádio Algarve.

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro JC

A este propósito, lembro que os estádios suíços do último Europeu foram concebidos como complexos multifuncionais em ordem a assegurar a respectiva solvência e autonomia, num país cujas assistências são, igualmente, nada famosas

De tal forma que, o St. Jakob Park, em Basileia, alberga um ... lar de idosos, oferta de luxo em terras helvéticas, dada a grande procura destes serviços por uma população em acelerado envelhecimento. Isto, além de um moderno centro comercial.

Já o Stade Suisse Wankdorf, em Berna, alberga uma ... escola, além do recorrente centro comercial e restaurantes.

Em Portugal o “excesso de capacidade instalada” contrastou com a exiguidade e falta de arrojo na planificação "metafutebolística”, ressalvadas algumas excepções, como o caso dos centros comerciais e cinema no Alvalade XXI e em Coimbra.

Ainda assim, eu alvitraria que, as coberturas dos estádios lusos poderiam servir para a instalação de mini-centrais solares, em ordem a, não só minimizar os custos de manutenção, mas também, nos períodos de “vazão” futebolística, gerar alguma energia vendível à rede eléctrica nacional.

Cumprimentos
JR

JC disse...

1.Estamos a falar, caro JR, da capacidade instalada para aquilo que é o objectivo essencial de um estádio de futebol: ver futebol. O resto serão sempre actividades complementares. Veremos o que irá acontecer aos novos estádios suiços que, além do mais, são apenas 4. Admito que essas valências complementares tenham sido melhor estudadas do que em Portugal. E, já agora, muitos estádios ingleses, c/ mais de 90% de ocupação, tb são multifuncionais. Mas para a sua função essencial estão bem dimensionados.
2. Em Portugal os novos estádios tb são multifuncionais, ou pelo menos foram-nos "vendidos" como tal. A Luz tem lá a "Catedral da Cerveja", o "media market", um stand de automóveis, etc. Em Alvalade, o centro comercial se não fechou está em vias disso. E um cinema multiplex daquela dimensão dificilmente se aguenta sozinho. Em Leiria há um edifício de escritórios que - penso - ninguém consegue vender. Com excepção da Luz e do estádio do FCP (e mesmo assim...), todos eles têm capacidade excedentária, embora Alvalade e Afonso Henriques numa % relativamente mais baixa. Aliás, Alvalade era para ter apenas 40 000 lugares caso não tivesse existido o Euro 2004. Guimarães ficaria bem com menos 7 500 lugares. O problema é que mesmo Luz e Antas apenas enchem 2X por ano. Old Trafford, Anfield, Stamford Bridge, White Hart Lane, etc, etc, estão sempre cheios. Porquê? Basta ver os jogos e comparar com o que se pode ver durante o fim de semana na TV.
Cumprimentos