Segundo um estudo da DECO, seis em cada dez famílias portuguesas têm dificuldade em seguir os tratamentos médicos devido a problemas financeiros. Certo, é uma parte relevante do problema: a maior parte dos medicamentos é cara e, para o nível de rendimentos da maioria, insuficientemente participada.
Vejamos agora o outro lado desse mesmo problema: a um número significativo de doentes é normalmente prescrita sobremedicação (o caso dos ansiolíticos, por exemplo, é bem conhecido – mas não é único), que pouco ou nenhum efeito tem na melhoria do estado de saúde do doente. Prioridades questionáveis, doentes idosos e/ou pouco informados (é comum a recusa ou o baixo conceito em que são tidos os médicos que “pouco receitam”), médicos que não querem ter problemas ou cedem a esse facilitismo, pressão de laboratórios, etc, etc, são atitudes que, reconhecendo ser genericamente difícil alterar, contribuirão sem dúvida para este estado de coisas.
Vejamos agora o outro lado desse mesmo problema: a um número significativo de doentes é normalmente prescrita sobremedicação (o caso dos ansiolíticos, por exemplo, é bem conhecido – mas não é único), que pouco ou nenhum efeito tem na melhoria do estado de saúde do doente. Prioridades questionáveis, doentes idosos e/ou pouco informados (é comum a recusa ou o baixo conceito em que são tidos os médicos que “pouco receitam”), médicos que não querem ter problemas ou cedem a esse facilitismo, pressão de laboratórios, etc, etc, são atitudes que, reconhecendo ser genericamente difícil alterar, contribuirão sem dúvida para este estado de coisas.
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