Não tenho especial apreço pelo estilo demasiado populista, por vezes mesmo a roçar o justicialismo e um pouco trauliteiro de Marinho Pinto, embora me pareça reconhecer nele um defensor intransigente do Estado de Direito Democrático e dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, o que já não é nada pouco. Digamos que a forma prejudica demasiadas vezes o conteúdo, o que é pena, embora, também neste ponto – no conteúdo -, não possa dizer que partilhe sempre da sua visão do mundo. Mas basta ouvir de passagem o fórum TSF de hoje e as pulsões securitárias e anti-democráticas mais primárias manifestadas pelo “povo da SIC” para dar graças a todos os deuses do céu e anjinhos dos infernos da Terra pelo facto de o país ter como bastonário da Ordem dos Advogados alguém com as convicções liberais e democráticas – pelo menos, neste campo - de Marinho Pinto. Nós, cidadãos, ficamos a dever-lhe isso, o que, nos tempos que vão correndo, é tudo menos negligenciável. Por mim, sempre durmo um pouco mais descansado.
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