O horror que por aí se manifesta face à hipótese de novas eleições legislativas a curto prazo, prezando uma estabilidade que, de facto, no momento não existe, é apenas mais um dos sintomas de fobia democrática em que o país é fértil. Independentemente da normal preferência por governos de legislatura e por acordos que permitam levar por diante uma governação consequente (é essa a minha preferência, devo dizê-lo), Portugal é um Estado da UE com uma democracia estabilizada e, apesar das suas ainda muitas fraquezas, uma chamada “sociedade civil” com alguma estrutura e autonomia. Portanto, quaisquer que sejam o governo ou os partidos do chamado “arco governativo” que ocupem o poder em S. Bento, não penso a estabilidade do país seja demasiado afectada com o recurso a eleições, algo que se enquadra na normalidade dessa mesma vida democrática, num país adulto.
Significa isto que, antes de se investir liminarmente contra essa hipótese, a pergunta e interrogação a colocar seria antes se o recurso a eleições poderia ou não trazer ao país estabilidade acrescida fruto de um governo de maioria de um partido ou coligação. Será essa, fundamentalmente, a questão a considerar e só a constatação de uma resposta negativa (que penso ser a mais provável mesmo que o PS visse a sua actual maioria reforçada, o que também nada convém a Belém) deverá contribuir para afastar liminarmente essa hipótese, solução tão democrática e promotora da tão falada estabilidade como qualquer outra vinda de um acordo parlamentar saído da actual AR.
Significa isto que, antes de se investir liminarmente contra essa hipótese, a pergunta e interrogação a colocar seria antes se o recurso a eleições poderia ou não trazer ao país estabilidade acrescida fruto de um governo de maioria de um partido ou coligação. Será essa, fundamentalmente, a questão a considerar e só a constatação de uma resposta negativa (que penso ser a mais provável mesmo que o PS visse a sua actual maioria reforçada, o que também nada convém a Belém) deverá contribuir para afastar liminarmente essa hipótese, solução tão democrática e promotora da tão falada estabilidade como qualquer outra vinda de um acordo parlamentar saído da actual AR.
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