Dixie cups
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"Bubblegum" (III)
Ora continuando por este tema das influências mais ou menos longínquas da "bubblegum music" vindas da área das “novelty songs”, um dos temas normalmente citado é este “Iko Iko”, gravado pelas Dixie Cups (New Orleans) em 1965. Estas mesmas Dixie Cups (já agora: Dixie Cup é também uma marca de copos de papel descartáveis), um dos “girl groups” produzidos por Phil Spector e ligados umbelicalmente ao Brill Buildig, já tinham sido por aqui glosadas a propósito de “Chapel of Love” (1964), um original de Ellie Greenwich, Jeff Barry e do próprio Spector, que foi o seu maior êxito, atingindo o #1 do Billboard durante 3 semanas.
Pois este “Iko Iko”, sob o nome de “Jock-A-Mo” um original de 1953 escrito por um outro músico da “Crescent City”, James “Sugar Boy” Crawford”, parece ter algo que ver com o Carnaval (Mardi Gras) de New Orleans e o desfile de “tribos” (grupos) de afro-americanos com indumentárias inspiradas pelos índios norte-americanos, os chamados “Mardi Gras indians”. Digamos assim que algo de longinquamente mais ou menos parecido com o desfile das escolas de samba no Carnaval do Rio ou com as mais modestas lisboetas marchas de Stº António, igualmente com as suas hierarquias e personagens ("flag boy", "chief", etc) que assumem papéis específicos em cada grupo. Como a minha única visita a New Orleans não teve lugar no Carnaval local, a informação recolhida vale o que vale – mas acho vale alguma coisa. Mas o que é facto é que o que poderíamos chamar de efeito “novelty song” deriva em grande parte da sua “letra”, na sua maioria sem qualquer sentido e intraduzível para que, assim, se assuma baseada em qualquer língua nativa, o que não corresponde à realidade. Querem a prova?
Pois este “Iko Iko”, sob o nome de “Jock-A-Mo” um original de 1953 escrito por um outro músico da “Crescent City”, James “Sugar Boy” Crawford”, parece ter algo que ver com o Carnaval (Mardi Gras) de New Orleans e o desfile de “tribos” (grupos) de afro-americanos com indumentárias inspiradas pelos índios norte-americanos, os chamados “Mardi Gras indians”. Digamos assim que algo de longinquamente mais ou menos parecido com o desfile das escolas de samba no Carnaval do Rio ou com as mais modestas lisboetas marchas de Stº António, igualmente com as suas hierarquias e personagens ("flag boy", "chief", etc) que assumem papéis específicos em cada grupo. Como a minha única visita a New Orleans não teve lugar no Carnaval local, a informação recolhida vale o que vale – mas acho vale alguma coisa. Mas o que é facto é que o que poderíamos chamar de efeito “novelty song” deriva em grande parte da sua “letra”, na sua maioria sem qualquer sentido e intraduzível para que, assim, se assuma baseada em qualquer língua nativa, o que não corresponde à realidade. Querem a prova?
“Talkin' 'bout
Hey now (hey now)
Hey now (hey now)
Iko iko an nay (whoah-oh)
Jockomo feena ah na nay
Jockomo feena nay”
Mas pronto: quem, nesta história das “novelty songs” e da sua parente mais ou menos próxima “bubblegum music,” se preocupa com qualquer realidade que não seja a de “curtir” o momento?
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