Evito cuidadosamente ver os jogos da Taça Africana das Nações. Mas, faute de mieux, lá vi ontem uma grande parte do Angola-Gana dos quartos de final da tal Africa Cup of Nations.
Angola é assim uma equipa ao nível da Liga de Honra portuguesa, com jogadores com deficiências técnicas notórias (o que não se confunde a chamada “habilidade natural”), falta de escola e um notável pouco conhecimento do que é o jogo colectivo. Marcações deficientes, pouca ou nenhuma pressão alta e muitos espaços a meio-campo. Problemas nas transições defensivas, onde as deficiências do colectivo e do saber “pensar” o jogo mais se fazem notar, e uma dureza que parece a despropósito e só se compreende pelas limitações técnicas e de “escola”, individuais e colectivas, evidentes.
Ainda assim, o Gana, apesar da ausência de Essien, pareceu-me francamente uns furos acima no domínio dos princípios básicos do jogo, servido indiscutivelmente por jogadores mais evoluídos e, mesmo que jovens, apresentando um futebol mais adulto e colectivo. Pelo que vi, as “chances” de Angola vencer um jogo contra esta selecção ganesa seriam sempre bem escassas, apesar da “boa vontade” da imprensa desportiva portuguesa sempre pronta para os “fretes” do costume – “há sempre uma ditadura conhecida que espera por si...”
O que me espanta é que a FIFA obrigue alguns dos jogadores africanos que são estrelas mundiais a jogar em grandes clubes europeus (desnecessário citar nomes), pagos a peso de oiro por esses mesmos clubes, a representar as respectivas selecções num torneio de baixo interesse fora de África e nível futebolístico inferior que se disputa em plena época alta das competições europeias de clubes. Sim, eu sei que o fomento do futebol no continente africano é importante e a isso obriga, o mesmo acontecendo com a receita que a CAF pode arrecadar - e ainda bem para esse fomento - com o evento. Mas no interesse do “grande futebol”, do futebol espectáculo e, sim e sem medo das palavras, do futebol grande negócio, como o é hoje em dia e só isso permitiu que o jogo evoluísse até se tornar no espectáculo galvanizador dos nossos dias, seria talvez interessante que a FIFA pudesse rever os seus calendários, guardando estas acções promocionais e de recolha de fundos para datas mais apropriadas, sem grande prejuízo do objectivo a alcançar.
Angola é assim uma equipa ao nível da Liga de Honra portuguesa, com jogadores com deficiências técnicas notórias (o que não se confunde a chamada “habilidade natural”), falta de escola e um notável pouco conhecimento do que é o jogo colectivo. Marcações deficientes, pouca ou nenhuma pressão alta e muitos espaços a meio-campo. Problemas nas transições defensivas, onde as deficiências do colectivo e do saber “pensar” o jogo mais se fazem notar, e uma dureza que parece a despropósito e só se compreende pelas limitações técnicas e de “escola”, individuais e colectivas, evidentes.
Ainda assim, o Gana, apesar da ausência de Essien, pareceu-me francamente uns furos acima no domínio dos princípios básicos do jogo, servido indiscutivelmente por jogadores mais evoluídos e, mesmo que jovens, apresentando um futebol mais adulto e colectivo. Pelo que vi, as “chances” de Angola vencer um jogo contra esta selecção ganesa seriam sempre bem escassas, apesar da “boa vontade” da imprensa desportiva portuguesa sempre pronta para os “fretes” do costume – “há sempre uma ditadura conhecida que espera por si...”
O que me espanta é que a FIFA obrigue alguns dos jogadores africanos que são estrelas mundiais a jogar em grandes clubes europeus (desnecessário citar nomes), pagos a peso de oiro por esses mesmos clubes, a representar as respectivas selecções num torneio de baixo interesse fora de África e nível futebolístico inferior que se disputa em plena época alta das competições europeias de clubes. Sim, eu sei que o fomento do futebol no continente africano é importante e a isso obriga, o mesmo acontecendo com a receita que a CAF pode arrecadar - e ainda bem para esse fomento - com o evento. Mas no interesse do “grande futebol”, do futebol espectáculo e, sim e sem medo das palavras, do futebol grande negócio, como o é hoje em dia e só isso permitiu que o jogo evoluísse até se tornar no espectáculo galvanizador dos nossos dias, seria talvez interessante que a FIFA pudesse rever os seus calendários, guardando estas acções promocionais e de recolha de fundos para datas mais apropriadas, sem grande prejuízo do objectivo a alcançar.
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