José Pacheco Pereira tem indiscutível razão quando afirma não se poderem atribuir apenas a Manuela Ferreira Leite a responsabilidade pela crise e pelos maus resultados do PSD nas sondagens. E cita “ a imagem que a maioria dos portugueses têm da experiência governativa Barroso – Portas – Lopes, a fuga de Barroso, as peripécias do governo Lopes – Portas, os sucessivos escândalos com sobreiros, submarinos, casinos, os financiamentos ilegais, a imagem do grupo parlamentar escolhido por Santana Lopes, o “menino guerreiro”, as histórias do BPN e a “estratégia” de desgaste de Passos Coelho”. Sem dúvida. Faz bem JPP em nos relembrar de modo sucinto todas as maleitas, no seu conjunto, algo bem capaz de condenar à morte com dor qualquer doente anteriormente o mais são! O problema é que Manuela Ferreira Leite não só não se tem mostrado capaz de inverter essa imagem negativa do PSD junto da opinião pública, que era aquilo que os seus militantes e potenciais eleitores (acho eu) esperariam, como com as suas gaffes, ausência de uma estratégia alternativa consistente e erros políticos sucessivos (a colagem às posições dos professores é um erro tremendo, que pagará bem caro, e está em conflito total com as posições do “Fórum para a Liberdade de Educação” onde se encontram, maioritariamente, os potenciais apoiantes do PSD nesta área) tem contribuído para que essa imagem, no mínimo, se mantenha e para que no partido não cesse o seu permanente estado de desassossego. O que já constituiria a hell of a job (o ajuste de contas com o passado imediato) transforma-se assim em “Missão Impossível”.
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