"Aleksandr Nevskiy" - S. M. Eisenstein (1938)
Se existem sequências na história do cinema em que imagem e música estejam de tal modo ligadas a ponto de não ser possível falar de uma delas isoladamente, esse será certamente o caso da “batalha no gelo” de “Aleksandr Nevskiy” e de Prokofiev ,que para o filme de S. M. Eisenstein compôs a cantata com o mesmo nome (Op. 78). Trata-se de uma simbiose, de uma conjugação quase perfeita entre uma estética visual estilizada que leva ao limite os contrastes do “preto e branco”, uma encenação “balética”, operática da batalha - como, depois disso e mais de 40 anos depois, só seria revista em Kurosawa - e a cantata de Prokofiev, certamente composta por sobre a montagem, que recorre de modo magistral, para vincar o dramatismo da sequência, à alternância entre a música orquestral e coral.
O filme é de 1938 e é muito fácil ver nesta sequência o modo como já se adivinhava uma possível invasão nazi: de um lado um exército alemão, rigoroso e profissional, de cavaleiros (alusão ás panzerdivisionen e à origem aristocrática de muitos dos seus oficiais), inimigo sem rosto com as suas cruzes (alusão à suástica) como símbolo; do outro o povo russo em armas comandado por um chefe providencial. Perdoe-se-lhe o recurso a uma certa retórica, algum entrever demagógico, pois trata-se, sem qualquer dúvida, de uma das mais belas sequências que o cinema já nos deixou.
O filme é de 1938 e é muito fácil ver nesta sequência o modo como já se adivinhava uma possível invasão nazi: de um lado um exército alemão, rigoroso e profissional, de cavaleiros (alusão ás panzerdivisionen e à origem aristocrática de muitos dos seus oficiais), inimigo sem rosto com as suas cruzes (alusão à suástica) como símbolo; do outro o povo russo em armas comandado por um chefe providencial. Perdoe-se-lhe o recurso a uma certa retórica, algum entrever demagógico, pois trata-se, sem qualquer dúvida, de uma das mais belas sequências que o cinema já nos deixou.
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