Uma pequena e única nota sobre o BPP - e sobre o assunto por aqui me ficarei.
Compreende-se mal que o governo vá em socorro de um banco gestor de fortunas e daqueles que lá entregaram o seu dinheiro para gerir e frutificar, evitando, com o seu aval, a respectiva falência. Certo. Aceita-se e compreende-se bem a indignação manifestada pelo “povo da SIC”, sempre tão lesto contra os “ricos e poderosos” - versão moderna de “les aristocrates á la lanterne” –, nos fóruns de opinião, assim como a honesta discordância de comentadores e analistas, de muita gente que pensa. Claro, não serei eu a criticá-los. Mas tentemos ir um pouco mais longe: será que algum governo, de um pequeno país e de uma pequena economia como Portugal, ainda para mais com uma pequeníssima classe empresarial sempre com os seus interesses cruzando-se com os do estado (e inversamente), que se reveja politicamente num sistema democrático baseado na livre iniciativa e no mercado (baseado, e não exclusivo, para que não restem dúvidas), poderia, no presente tempo de grave crise mundial, arriscar um conflito e uma eventual quebra de cooperação com alguns os investidores do BPP e a falência do banco? (não estamos nos USA, convém lembrar). Pondo de parte a questão da dívida ao JP Morgan – que me parece ser pouco mais do que a justificação "patriótica" que “dá jeito” -, que reflexos isso teria na chamada confiança e em muitos negócios (estou a falar dos honestos) em curso, alguns deles envolvendo o governo? No procurado e necessário apoio do e ao mundo económico e financeiro que permita “aligeirar” a crise? No crescimento económico e no emprego? Eu próprio, sobre o assunto, me permito ter muito mais dúvidas do que certezas, e aqui as expresso apenas como tentativa de pensar um pouco mais longe e mais fundo não arriscando opinião definitiva. Será justo? Isso não será com certeza, mas como era bom que fosse a justiça a comandar o mundo...
Compreende-se mal que o governo vá em socorro de um banco gestor de fortunas e daqueles que lá entregaram o seu dinheiro para gerir e frutificar, evitando, com o seu aval, a respectiva falência. Certo. Aceita-se e compreende-se bem a indignação manifestada pelo “povo da SIC”, sempre tão lesto contra os “ricos e poderosos” - versão moderna de “les aristocrates á la lanterne” –, nos fóruns de opinião, assim como a honesta discordância de comentadores e analistas, de muita gente que pensa. Claro, não serei eu a criticá-los. Mas tentemos ir um pouco mais longe: será que algum governo, de um pequeno país e de uma pequena economia como Portugal, ainda para mais com uma pequeníssima classe empresarial sempre com os seus interesses cruzando-se com os do estado (e inversamente), que se reveja politicamente num sistema democrático baseado na livre iniciativa e no mercado (baseado, e não exclusivo, para que não restem dúvidas), poderia, no presente tempo de grave crise mundial, arriscar um conflito e uma eventual quebra de cooperação com alguns os investidores do BPP e a falência do banco? (não estamos nos USA, convém lembrar). Pondo de parte a questão da dívida ao JP Morgan – que me parece ser pouco mais do que a justificação "patriótica" que “dá jeito” -, que reflexos isso teria na chamada confiança e em muitos negócios (estou a falar dos honestos) em curso, alguns deles envolvendo o governo? No procurado e necessário apoio do e ao mundo económico e financeiro que permita “aligeirar” a crise? No crescimento económico e no emprego? Eu próprio, sobre o assunto, me permito ter muito mais dúvidas do que certezas, e aqui as expresso apenas como tentativa de pensar um pouco mais longe e mais fundo não arriscando opinião definitiva. Será justo? Isso não será com certeza, mas como era bom que fosse a justiça a comandar o mundo...
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