segunda-feira, dezembro 01, 2008

O PCP e o seu "socialismo"

Ao saudar, no Congresso deste fim de semana, os países que lutam “por transformações revolucionárias na sociedade e pelo socialismo” (cito de cor) - Coreia do Norte, Laos, Vietnam, Cuba - o PCP está apenas a elogiar aqueles que conseguiram, em certa medida, manter-se isolados do capitalismo global, da democracia, da liberdade e da livre iniciativa que lhes está associada. É isso, e não um qualquer socialismo, aquilo que importa para o seu projecto de sociedade. Nesse sentido, a palavra “socialismo” aparece aqui apenas como trompe d’oeil, como forma sem o respectivo conteúdo para designar os modelos em que os “partidos irmãos”, por via da apropriação do aparelho de estado e da economia, da colectivização da vida pública e através desse seu isolamento internacional, conseguiram impor o seu domínio e controle a toda a sociedade. Peço muita desculpa aos “crentes”, mas Karl Marx está “a milhas” disto tudo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tens razão dizendo que Marx está a milhas daquilo, tens razão em dizer que o PCP tem partidos irmão na Coreia do Norte, etc. Mas como as pessoas não são todas iguais, os irmãos também não são todos iguais. Desfazendo a metáfora, veja-se o caso de Miguel e Paulo Portas.
Marx foi um pai de há 150 anos que criou um projecto que mais ninguém o tinha posto daquela forma tão "perfeita". O que é facto é que os filhos de que falas não foram bem educados, nem perceberam nada da educação.
Alguns irmãos do PCP podem não ser os melhores irmãos, e com muitos até podem não ter relações, mas como dizes não deixam de ser irmãos, e ponto final.
Os ""socialistas"" podiam falar dos irmãos Pinochet, Máfias, donos de África, dos irmãos donos do petróleo e do Mundo. Mas não falam, falam do que se passa no Mundo e tentam encontrar soluções para o melhorar. Esses é que são os verdadeiros filhos de Marx.