Rankings escolares e a existência ou não de “chumbos” trazem sempre atrás de si doses incomensuráveis da mais rasteira demagogia. No caso dos rankings, à direita sobre a manifesta superioridade do privado sobre o público, esquecendo que as melhores escolas são, em última análise, as que podem recrutar os melhores alunos (leia-se, das classes alta e média-alta) e professores, algo que é vedado à escola pública. À esquerda, valorizando a inclusão, esquecendo o muito que há fazer em termos de organização, disciplina, selecção e formação de professores para que a escola pública progrida e não se “agarre” a desculpas esfarrapadas que tendem a mergulhá-la na mediocridade. No caso dos “chumbos”, à direita valorizando a exigência e a escola “à antiga”, quando as circunstâncias eram outras e o próprio secundário público era um ensino de uma elite para outra. À esquerda, fazendo valer as novas pedagogias e o papel social integrador da escola por sobre a transmissão de conhecimentos e do saber, como se estes não fossem a verdadeira essência do ensino. A argumentação, de ambos os lados, é por demais conhecida e, por demasiado próxima da tal demagogia mais rasteira, esperemos desta vez a isso nos poupem.
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