No “Público” (não linkável) da passada sexta-feira, António Vilarigues mostra-se bastante indignado pelo facto das propostas do PCP incluídas nas teses para o XVIII Congresso do partido quase não terem repercussão mediática, nem mesmo por parte daqueles que, situando-se em campos opostos ou antagónicos, seria lógico se manifestassem criticamente. Para o caso de António Vilarigues não o saber, o que duvido, passo a fornecer-lhe uma explicação que reputo de plausível. As propostas do PCP nada têm a ver com uma sociedade aberta, livre e democrática, fomentadora dos valores da livre iniciativa dos cidadãos e integrada na União Europeia. Neste enquadramento não fazem mesmo qualquer sentido, o que não será de espantar e se apresenta até como lógico em função das sociedades que essas teses apresentam como exemplos e onde, estou certo, mesmo a maioria dos votantes do PCP não gostaria de viver e com as quais se não identifica. Sendo assim, para quê perder tempo? Nunca ouviu dizer que só vale a pena discutir com aqueles que, discordando ou concordando, pensam como nós, isto é, se regem pelo mesmo sistema de valores e lógicas de raciocínio? Ou acha que valia a pena Galileu perder tempo a discutir astronomia com a igreja católica dos séculos XVI e XVII?
1 comentário:
Nao sei bem qual a idade do gato maltes, mas so posso assumir, pessoa muito nova e ingenua. Ou pior alguem que tenta manipular de forma consciente. Qualquer das formas, como se pode discutir o que se desconhece?
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