Confesso não ter nenhuma oposição política ou ideológica de fundo à privatização da RTP. Nos últimos tempos, face ao notório enviesamento à direita da cena mediática, achei manter a RTP nas mãos do Estado poderia introduzir um certo factor de equilíbrio no debate político. Mas com a entrada em funções de um novo governo e a natural tendência da RTP para "acompanhar" os governos em funções, tal deixou de ser um argumento. Mesmo do ponto de vista pessoal, como telespectador, pouco ou nada terei a obstar: com excepção do Telejornal (o das 20h e apenas quando não abre com tragédias e afins), de alguns jogos de futebol e de um ou outro Prós & Contras, e apenas quando o tema e/ou intervenientes suscitam a minha atenção, ignoro a RTP1. Poderei ter algumas saudades de uma ou outra série inglesa, em reposição da RTP Memória, mas pouco ou nada mais. Restam pois questões de mercado (mas a RTP já é um player nesse mesmo mercado), o Serviço Público e o modo como este for contratualizado. Vou estar atento ao que acontece...
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