Vamos vá ver... Ao contrário do que vou vendo por aí, não me parece ter qualquer sentido comparar o "déficit" real do 1º trimestre, ou seja, a execução orçamental Jan-Mar, com o valor previsto para o total do ano. Digamos que é absurdo, pois não estamos a comparar o comparável. O que se deve fazer, isso sim, é comparar a execução orçamental desse 1º trimestre, incluindo o "déficit" real obtido, com o que estava previsto para esse período no orçamento aprovado e, a partir daí, calcular os desvios e efectuar as correcções eventualmente necessárias nos três últimos trimestres para atingir o resultado orçamentado.
Explicando melhor: se o "déficit" do 1º trimestre foi de 7.7% mas o orçamentado era superior, então a execução está a correr bem, mesmo que o valor previsto para o total do ano seja 5.9%, o que apenas significa que as receitas dos restantes trimestres serão proporcionalmente muito superiores e/ou as despesas também proporcionalmente inferiores. Se acontecer o contrário, haverá problemas e serão necessárias medidas de correcção. Nas empresas é esta a metodologia; espero que no Estado seja pelo menos algo de parecido. Ou não será assim?
Sem comentários:
Enviar um comentário