O ainda ministro da Justiça, Alberto Martins, assim de repente fez-me lembrar aqueles países mais ou menos ignorados que, no final da WW II e quando Hitler se encontrava já virtualmente derrotado, se apressaram a declarar guerra à Alemanha para ganharem um lugar à mesa dos vencedores. Ministro durante cerca de dois anos, nem ele nem (verdade seja dita) nenhum dos seus antecessores fizeram o que quer que fosse de relevante para dotar o país de uma Justiça que não nos envergonhe. Pior, nunca se ouviu a qualquer deles uma palavra que fosse contra o poder das corporações das magistraturas. Agora, a meia-dúzia de dias de deixar o cargo, quando o seu poder e influência são já nulos e depois do caso já ter levantado - e bem - suficiente indignação, é que, a propósito do "copianço" do CEJ, se consegue ouvir a voz de Alberto Martins. Ora bolas, senhor ministro, nos tempos da ditadura sempre foi bastante mais corajoso. Que lhe aconteceu, então? A idade trouxe consigo o conformismo, os cargos políticos uma noção aguda dos interesses ou será que, nesse tempo, Américo Tomaz e José Hermano Saraiva tinham bem menos poder do que aquele que as magistraturas actualmente detêm?
1 comentário:
Do pior que qualquer partido pode ter!
Cinzentos e transparentes!
Não se dá por eles mas estão lá sempre!
E nunca para "fazer" nada pelo país que lhes paga mas para trabalharem em técnica mineira, longe das vistas, mas onde o verdadeiro ouro está!
Enviar um comentário