quarta-feira, junho 15, 2011

Nuno Gomes: um "não-caso"

No "glorioso", está a formar-se uma tempestade num copo de água com o "não-assunto" Nuno Gomes. Nuno foi um excelente jogador e um  bom profissional que, tanto quanto me lembre, sempre cumpriu correctamente com os seus deveres para com o clube. Acontece que, bem ou mal, a equipa técnica, a única entidade a quem compete decidir sobre tais assuntos, foi de opinião que as actuais capacidades do atleta serão insuficientes para que possa continuar a integrar o plantel. Tendo isto em conta, a sua carreira ao serviço do SLB, a sua aceitação junto de sócios e adeptos e o seu perfil pessoal, que, sem dúvida, o capacita para o exercício de outro tipo de funções dentro ou fora do clube, a administração convidou-o para exercer um cargo na estrutura directiva, opção que Nuno Gomes não aceitou. Mesmo assim foi decidido que Nuno teria sempre a porta aberta quando e se decidisse voltar, o que se compreende e de bom grado aceito. Qual é então o problema? Confesso não entender...

Nota 1 - Com todo o respeito que Nuno Gomes me merece, não o poderemos considerar um símbolo do clube ao nível de um José Águas, Mário Coluna, Humberto Coelho ou até Rui Costa (para já não falar de Eusébio).
Nota 2 - O que faltava agora ao "Glorioso" era outra novela Mantorras.

2 comentários:

Anónimo disse...

JC, de acordo quanto ao "produto", isto é, quanto ao desfecho do não-caso, incluindo os comunicados do SLB e do Nuno; o que me parece muito pouco interessante (para dizer de menos) é todo o processo que o antecedeu, com o Benfica a deixar arrastar uma situação mais que previsível, dando oportunidade a todo o nevoeiro de boataria e especulação, criando mais um foco de mal-estar nos adeptos e reforçando as predisposições negativas na imprensa. A própria "porta aberta", mesmo que genuína, acaba por parecer uma tentativa tardia de encontrar uma saída airosa para isto tudo.
Também concordo que o estatuto do Nuno Gomes não é comparável ao de monstros definitivos do nosso passado, mas no momento actual olha-se para lá e quase só há deserto, enquanto o FCP, muito habilmente, construiu um reservatório quase inesgotável de potenciais treinadores e dirigentes, sempre prontos a responder a qualquer chamada, no clube, nos seus satélites ou nos lugares onde convém...
carlos

JC disse...

Tem razão no essencial, caro Carlos: o processo não foi bem conduzido. E quanto ao FCP tb já tinha focada a questão aqui no "blog" http://eusouogatomaltes.blogspot.com/2011/05/luis-filipe-vieira-e-jorge-jesus.html
Cumprimentos