A fulanização da vida política, promovida pela cena mediática, é incorrigível. Quando estamos no início de um ciclo político, com Presidente da República no início do seu segundo mandato e governo em formação, já se lançam para a arena nomes de futuros candidatos a Belém: José Sócrates, Durão Barroso, António Costa (eu acrescento Marcelo Rebelo de Sousa). Esta seria antes a oportunidade de discutir algo bem mais importante nesta área: a necessidade ou não de se alterar a natureza semi-presidencialista do regime, cujo carácter disfuncional ficou mais uma vez bem demonstrado com os problemas de coabitação surgidos durante o primeiro mandato de Cavaco Silva. A minha opinião, já várias vezes expressa e justificada neste "blogue" (este é só um exemplo), vai, claro, para a preferência por um regime parlamentar, à semelhança do que acontece com as democracia europeias mais antigas e consolidadas (a França é excepção por razões históricas muito concretas).
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