Francesco Franco, professor da FEUN e um dos maiores entusiastas do que agora se chama "desvalorização fiscal" - que parece querer substituir-se ao disparatado "choque fiscal" proposto em tempos por Miguel Frasquilho - propõe, no "Público" de ontem, um corte para metade da "Taxa Social Única", o que, segundo ele, representaria uma diminuição dos custos laborais de aproximadamente 10% do PIB. Só que, tão rigoroso nas contas quando se trata de calcular o impacto do corte na TSU, quando toca a avaliar o aumento do IVA necessário para fazer face a tal "desvalorização fiscal" mantendo a sustentabilidade da Segurança Social, Franco já se mostra um pouco menos certeiro de contas e remete para o Governo a sua apresentação, não fosse a realidade dos números vir a mostrar, desde já, o absurdo político da sua proposta. A argumentação de Franco tem outros "ses", mas nem vale muito a pena ir por aí...
Digamos que Francesco Franco terá talvez tido uma boa ideia, mas essa coisa da realidade é que vem complicar tudo um bocado.
* "Palavra de ordem" da oposição anti-franquista durante a Guerra Civil de Espanha.
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