Já todos sabemos é assim, mas quando acontece não deixamos de o sentir como se fora um murro no estômago: quando as crises apertam, e independentemente do lado de onde sopra a lógica ou a razão, emergem sempre os nacionalismos populistas e xenófobos. Foi assim no anos 30 do século passado, no rescaldo da Grande Depressão, e todos conhecemos resultados e consequências.
Tendo dito isto, se achasse a eleição do Presidente da República por sufrágio directo e universal tinha alguma justificação na arquitectura constitucional portuguesa (não tem, tal como não o tem o semi-parlamentarismo ou parlamentarismo mitigado por um PR que surge sempre como um elemento disfuncional do regime), sugeriria que o que faltava não era um candidato à direita de Cavaco Silva, mas sim, perante dois candidatos que parecem querer resvalar para o eurocepticismo mais bacoco, a emergência de um candidato euroentusiasta, o que parece ser, na actual conjuntura, algo tão estranho como “um preto de cabeleira loira ou um branco de carapinha”. Não o é: apenas algo que deveria advir de uma rápida observação da realidade combinada com o mais comezinho bom senso.
Entretanto, vai-nos valendo Teixeira dos Santos que, apesar de alguns tropeções pelo caminho (meu caro ministro, aquela de não querer saber da constitucionalidade dos impostos retroactivos nem parece sua!...) parece ser das poucas vozes sensatas a tentar fazer-se ouvir no meio do ruído de fundo das várias vuvuzelas.
Tendo dito isto, se achasse a eleição do Presidente da República por sufrágio directo e universal tinha alguma justificação na arquitectura constitucional portuguesa (não tem, tal como não o tem o semi-parlamentarismo ou parlamentarismo mitigado por um PR que surge sempre como um elemento disfuncional do regime), sugeriria que o que faltava não era um candidato à direita de Cavaco Silva, mas sim, perante dois candidatos que parecem querer resvalar para o eurocepticismo mais bacoco, a emergência de um candidato euroentusiasta, o que parece ser, na actual conjuntura, algo tão estranho como “um preto de cabeleira loira ou um branco de carapinha”. Não o é: apenas algo que deveria advir de uma rápida observação da realidade combinada com o mais comezinho bom senso.
Entretanto, vai-nos valendo Teixeira dos Santos que, apesar de alguns tropeções pelo caminho (meu caro ministro, aquela de não querer saber da constitucionalidade dos impostos retroactivos nem parece sua!...) parece ser das poucas vozes sensatas a tentar fazer-se ouvir no meio do ruído de fundo das várias vuvuzelas.
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