Como o próprio nome indica, as SCUT foram assim concebidas - sem custos para o utilizador – porque, presumo, se concluiu que as condições locais e regionais, de desenvolvimento, tráfego, transporte público e vias de comunicação, assim o recomendavam. Por pura opção ideológica – o conceito utilizador/pagador não é neutro ideologicamente, está mais perto dos valores da direita liberal – a oposição sempre se manifestou contrária ao conceito.
Entretanto, tendo o “déficit” orçamental assumido o protagonismo e a sua correcção a prioridade, houve que procurar como o financiar, e as tais SCUT tornaram-se alvo preferencial dos governos do mesmo Partido Socialista que inicialmente as tinha lançado sob um outro conceito, agora esquecidos os pressupostos iniciais. Talvez para salvar a face ideológica e justificar a opção inicial, resolveu-se o problema optando por portajar (detesto o termo, mas aqui dá jeito) apenas algumas delas, talvez as que permitissem arrecadar mais receitas com regularidade e mais rapidamente. Mas, com a minha boa vontade, admito que outro tipo de questões mais próximas das que tinham estado na base da opção pelo conceito inicial também tivessem sido tomadas em consideração.
Sendo obrigada a conhecer o país regional (então não aprendeu nada com o senhor Litério da Anadia?), o conceito “not in my backyard”, o que move o CDS de Paulo Portas e os desígnios anti-regime da oposição à esquerda que tem no parlamento, o PS e o governo teriam obrigação de prever o que aí vinha, situação agravada pelo facto de – oh! azar dos Távoras – as estradas a portajar estarem quase todas, geograficamente, situadas ali à volta do Porto. Como agora lhe está a estalar a castanha na boca e até mesmo o PSD não se mostra decidido a estender a sua colaboração até ao ponto de ir contra os interesses do seu reconhecido poder autárquico, parece que o PS, à semelhança do que fez quando da contestação ao seu ministro Correia de Campos e às arruaças que tiveram como alvo Mª de Lurdes Rodrigues, transformada por um pusilâmine José Sócrates no “pushing ball” do regime, está disposto a esquecer quaisquer princípios, meios ou fins, e a crer nesta notícia do “Público” (acreditar nos “media” é, nos dias de hoje, ainda mais difícil do que fazê-lo em Deus), a optar por ceder a tudo o que são interesses instalados, a instalar ou em vias de instalação, decidindo instalar portagens em todas as ex-SCUTs excepto para residentes ou utilizadores regulares (acalme-se pois o povo).
Navegação à vista? Bem pior: política sem princípios (ou de tácita compra de votos), apenas destinada a manter as águas sem agitação mesmo que uma leve e continuada brisa acabe por nos levar a todos para o fundo.
Entretanto, tendo o “déficit” orçamental assumido o protagonismo e a sua correcção a prioridade, houve que procurar como o financiar, e as tais SCUT tornaram-se alvo preferencial dos governos do mesmo Partido Socialista que inicialmente as tinha lançado sob um outro conceito, agora esquecidos os pressupostos iniciais. Talvez para salvar a face ideológica e justificar a opção inicial, resolveu-se o problema optando por portajar (detesto o termo, mas aqui dá jeito) apenas algumas delas, talvez as que permitissem arrecadar mais receitas com regularidade e mais rapidamente. Mas, com a minha boa vontade, admito que outro tipo de questões mais próximas das que tinham estado na base da opção pelo conceito inicial também tivessem sido tomadas em consideração.
Sendo obrigada a conhecer o país regional (então não aprendeu nada com o senhor Litério da Anadia?), o conceito “not in my backyard”, o que move o CDS de Paulo Portas e os desígnios anti-regime da oposição à esquerda que tem no parlamento, o PS e o governo teriam obrigação de prever o que aí vinha, situação agravada pelo facto de – oh! azar dos Távoras – as estradas a portajar estarem quase todas, geograficamente, situadas ali à volta do Porto. Como agora lhe está a estalar a castanha na boca e até mesmo o PSD não se mostra decidido a estender a sua colaboração até ao ponto de ir contra os interesses do seu reconhecido poder autárquico, parece que o PS, à semelhança do que fez quando da contestação ao seu ministro Correia de Campos e às arruaças que tiveram como alvo Mª de Lurdes Rodrigues, transformada por um pusilâmine José Sócrates no “pushing ball” do regime, está disposto a esquecer quaisquer princípios, meios ou fins, e a crer nesta notícia do “Público” (acreditar nos “media” é, nos dias de hoje, ainda mais difícil do que fazê-lo em Deus), a optar por ceder a tudo o que são interesses instalados, a instalar ou em vias de instalação, decidindo instalar portagens em todas as ex-SCUTs excepto para residentes ou utilizadores regulares (acalme-se pois o povo).
Navegação à vista? Bem pior: política sem princípios (ou de tácita compra de votos), apenas destinada a manter as águas sem agitação mesmo que uma leve e continuada brisa acabe por nos levar a todos para o fundo.
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