Apesar do número e determinação dos manifestantes, não me parece, e ao contrário do que ouvi dizer a Jerónimo de Sousa, que a manifestação de hoje da CGTP tivesse constituído um "salto qualitativo" na luta contra o governo. Para tal deveria ter acrescentado algo de significativo à manifestação de 15 de Setembro, e não me parece tal tenha acontecido, tendo-se constituído bem mais numa acção da CGTP para lhe permitir, a si e ao PCP, controlar e enquadrar o actual movimento popular de contestação do que uma qualquer tentativa para o fazer evoluir.
Não sendo de desprezar o valor da "manif" de hoje, quer-me no entanto parecer que as afirmações de António Borges (como é possível?) e as de ontem ou anteontem da ministra Teixeira da Cruz, atentando contra o Estado de Direito, foram bem mais prejudiciais para a imagem e vida, presente e futura, do actual governo do que a "manif" da CGTP. Digamos que com ministros e para-ministros deste calibre, o governo quase dispensa adversários.
3 comentários:
Sendo uma ideia "extramente inteligente" (Borges dixit) a peregrina (ideia da TSU) só podia ter surgido de uma mente altamente perturbada como a de Borges.
Plenamente de acordo em que os incendiários (do circo) estão no governo (lá dentro) ou na sombra (como Borges).
O problema é que os "palhaços do circo" (o povo) já estão de "saco cheio".
Cumprimentos
Não é um problema de uma mente perturbada, é o problema das "vanguardas".
Caro JC
Pode ser isso, sim. É um eufemismo.
Cumprimentos
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