Tentando provar que em Portugal se gasta demasiado em educação com resultados medíocres, José Manuel Fernandes faz publicar hoje no "Blasfémias", sem quaisquer comentários, o "mapping" que acima reproduzo. Deixando de lado, por comodidade de raciocínio, embora esteja longe de ser irrelevante, o ponto de partida de cada país (Portugal no início do século XX tinha cerca de 85% de analfabetos), a condição socio-económica, muito diferente em cada país, e a evolução nos últimos anos (estamos perante uma análise estática), coisas determinantes mas pelas quais JMF passa como "cão por vinha vindimada" apenas porque tal não convém à tese que pretende demonstrar, saliento o seguinte: não sendo, com certeza, objectivo para o país passar para o quadrante "despesa reduzida com maus resultados", sendo o salto para o quadrante "despesa reduzida com bons resultados" um passo demasiado grande no curto-prazo, portanto impossível de realizar, cabe a Portugal fazer um esforço para conseguir "saltar" para o quadrante "despesa elevada com bons resultados", aquele que mais parece ao alcance do país, aumentando assim, por via da melhoria dos resultados conseguidos, a eficácia do seu investimento nesta área. Ora não só não me parece seja essa a política actualmente prosseguida pelo ministro Nuno Crato - e que JMF defende - como é fácil concluir, olhando para o passado recente, que terão sido, em termos gerais, as políticas e reformas tentadas e/ou implementadas no consulado de Maria de Lurdes Rodrigues as mais adequadas para que o país conseguisse dar esse salto. Infelizmente, por cedência ao conservadorismo sindical, foram interrompidas demasiado cedo e agora abandonadas e, em certos casos, revertidas por este governo.
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