sexta-feira, janeiro 04, 2013

O PS e a sua estratégia "me too"

PS com as mesmas dúvidas de Cavaco Silva


Nem mais uma nem menos uma? Nem sequer uma simples vírgula? E na redacção? Seguem ambos o novo acordo ortográfico? Mais a sério... Estamos perante um clara e assumida colagem ao Presidente da República (que, aliás, não é de agora, mas tem marcado a liderança de António José Seguro), um exemplo de falta de autonomia programática ou um simples sinal de cobardia política receando o Tribunal Constitucional reconheça validade às dúvidas de Cavaco Silva e a recusasse a  quaisquer questões adicionais  que o PS eventualmente pudesse vir a colocar? No jargão empresarial denomina-se esta estratégia de "me too", apanágio de quem não aspira à liderança mas tenta conquistar uma quota de mercado secundária seguindo na esteira do líder. Digamos que estamos perante uma estratégia que nunca perde, mas também pouco ou nada ganha: se o Tribunal Constitucional declarar a conformidade das normas em análise com a Constituição da República o derrotado maior será sempre Cavaco Silva. Mas no caso contrário, isto é, decretada a inconstitucionalidade de tais normas, nada mais restará ao Partido Socialista do que colocar-se em "bicos de pés" e gritar o mais alto que puder: "me too, me too". Poucos o ouvirão.

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