O que pretende o FCP ao contratar em catadupa jogadores do Sporting Clube de Portugal? Moutinho, num negócio ruinoso para o SCP em termos de "brand equity", é, em certa medida, mas não totalmente, um caso à parte, pois encontrava-se em plena posse das suas capacidades técnicas, físicas e atléticas, embora em sub-rendimento por litígio com o seu clube de então. Mas Izmaylov, um caso clínico, e Liedson, no ocaso da sua carreira? Pura e simplesmente, pelo menos no curto-prazo e até se avaliar do verdadeiro rendimento dos jogadores, afirmar o seu poder enquanto clube, ao ponto de conseguir contratar jogadores e ex-jogadores emblemáticos e históricos de um "grande", tradicionalmente rival. Tal significa, utilizando o jargão dos negócios, que vai reforçando a sua "brand equity", ao mesmo tempo que vai minando e destruindo a do ex-rival (acho posso usar o termo). Como estratégia de poder, devo dizer tiro o meu chapéu, embora tal me custe.
Não sei se a direcção e os adeptos do clube de Alvalade já entenderam o que está em jogo ou se estão à espera do choque de, um dia destes, verem Rui Patrício seguir o mesmo caminho. Será tarde, se é que já não o é.
2 comentários:
Percebo o seu ponto de visto, mas temos que saber relativizar:
a) O Ismailov quase não jogava
b) O Liedson já não é jogador do SCP
Para o caso, pouco importa: não estamos a falar de rendimento desportivo, mas de serem dois jogadores emblemáticos do SCP.
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