quarta-feira, janeiro 02, 2013

Um "Tide" chamado "Downton Abbey"

Custa ver tanto dinheiro e tanto trabalho de produção desperdiçado numa historieta tipo "folhetim do Tide" ou da "coxinha", termos que usávamos, na minha já longínqua infância, para designar um dos primeiros teatros radiofónicos populares a ser emitido em Portugal. Infelizmente é verdade, e esta última "temporada" só o veio confirmar: "Downton Abbey" não é mais do que um romance de Corín Tellado embrulhado em papel de luxo, "trompe d'öeil" das boas séries de época inglesas. Acresce-lhe uma péssima direcção de actores, que mais parecem marionetas, mas convenhamos que o modo com Julian Fellowes (o autor da série) resolve a não renovação de contrato por parte da Dan Stevens (Matthew Crawley), matando-o no dia do nascimento do seu filho e herdeiro dos Crawley, apenas contribui para uma maior descredibilização da série. Ontem, no final, senti alguma vergonha por me ter tornado um espectador fiel.


Já agora: penso que irá existir uma nova temporada e, a acontecer tal coisa, se de cada vez que alguém fica de "esperanças" morre o bebé, a mãe ou o pai da criança, acho melhor passem todos a recorrer a métodos anti-conceptivos, que suponho já existiam na época.

1 comentário:

gps disse...

Uma pequena provocação:

se a série é assim tão fraquinha como é que se tornou espectador fiel :)

eu pessoalmente gosto da série

(mas só agora comecei a ver a 2ª época na SIC; obrigado pelo "spoiling" :)

quanto ao autor da série, argumentista de Gosford Park, ainda não ouvi todo o comentário a esse filme, mas gostei mais dos comentários do que do filme (que não é mau, mas gostei mais dos comentários)